Publicado por: Fúlvio Stelli | 24 de março de 2012

Manual de Manufatura Reversa de Eletrônicos.

Imagem

BREVE INTRODUÇÃO

O que é MANUFATURA REVERSA.

Manufatura Reversa é a ação de decomposição dos equipamentos eletroeletrônicos que foram manufaturados (montados) com vários materiais para a conclusão de um aparelho para uso nas diversas atividades do cotidiano, nas várias formas de aplicação à sua finalidade. A ação inversa da linha de montagem, a desmontagem possibilita que cada tipo de componente ou material utilizado anteriormente quando da inoperância ou obsolência do aparelho não seja descartado no lixo e possa ser encaminhado para reciclagem.

A Manufatura Reversa está incluída na LOGISTICA REVERSA, que é o caminho inverso dos aparelhos e equipamentos que por força da nova Política Nacional de Resíduos Sólidos(Texto da Lei no final desta edição)determina que todo o produto fabricado e vendido pelas indústrias e o comércio é de responsabilidade do fabricante até sua destinação final. Em linguagem comum “Do Berço ao Túmulo”. Deverão retornar ao fabricante ou ter tratamento adequado para reaproveitamento/reciclagem depois que o consumidor não mais usar o aparelho devendo receber tratamento adequado ambientalmente correto no todo ou na maioria de suas partes possíveis de reciclagem. Como podemos ver no texto da Lei abaixo:

VII – destinação final ambientalmente adequada: técnica de destinação ordenada de rejeitos, segundo normas operacionais específicas, de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais adversos;

VIII – fluxo de resíduos sólidos: movimentação de resíduos sólidos desde o momento da geração até a disposição final dos rejeitos;

IX – geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, que geram resíduos sólidos por meio de seus produtos e atividades, inclusive consumo, bem como as que desenvolvem ações que envolvam o manejo e o fluxo de resíduos sólidos;

X – gerenciamento integrado de resíduos sólidos: atividades de desenvolvimento, implementação e operação das ações definidas no Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, a fiscalização e o controle dos serviços de manejo dos resíduos sólidos;

XI – gestão integrada de resíduos sólidos: ações voltadas à busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões políticas, econômicas, ambientais, culturais e sociais, com a ampla participação da sociedade, tendo como premissa o desenvolvimento sustentável;

XII – logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social, caracterizada por um conjunto de ações, procedimentos e meios, destinados a facilitar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos aos seus geradores para que sejam tratados ou reaproveitados em novos produtos, na forma de novos insumos, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, visando a não geração de rejeitos;

No caso da reciclagem e manufatura reversa aplicada como atividade o que a Lei diz:

VII – destinação final ambientalmente adequada: técnica de destinação ordenada de rejeitos, segundo normas operacionais específicas, de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais adversos;

VIII – fluxo de resíduos sólidos: movimentação de resíduos sólidos desde o momento da geração até a disposição final dos rejeitos;

IX – geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, que geram resíduos sólidos por meio de seus produtos e atividades, inclusive consumo, bem como as que desenvolvem ações que envolvam o manejo e o fluxo de resíduos sólidos;

X – gerenciamento integrado de resíduos sólidos: atividades de desenvolvimento, implementação e operação das ações definidas no Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, a fiscalização e o controle dos serviços de manejo dos resíduos sólidos;

XI – gestão integrada de resíduos sólidos: ações voltadas à busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões políticas, econômicas, ambientais, culturais e sociais, com a ampla participação da sociedade, tendo como premissa o desenvolvimento sustentável;

XII – logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social, caracterizada por um conjunto de ações, procedimentos e meios, destinados a facilitar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos aos seus geradores para que sejam tratados ou reaproveitados em novos produtos, na forma de novos insumos, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, visando a não geração de rejeitos;

Cooperativas e associações de catadores e de reciclagem

– O projeto prevê que o poder público incentive as atividades de cooperativas e associações de catadores de resíduos recicláveis e entidades de reciclagem, por meio de linhas de financiamento;

Proibições gerais e sanções
A lei proíbe:
– Importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos;
– Lançamento de resíduos sólidos em praias, no mar, em rios e lagos;
– Lançamento de resíduos in natura a céu aberto;
– A queima de lixo a céu aberto ou em instalações e equipamentos não licenciados para essa finalidade.
O infrator que desrespeitar a lei cometerá crime federal, que prevê pena máxima de cinco anos de reclusão e multa, de acordo com as sanções previstas para crimes ambientais relacionados à poluição. A pena, no entanto, não se aplica no caso do lixo doméstico.

Além disso, as instituições terão que comprovar a destinação ambientalmente correta desses resíduos. O desrespeito à norma é crime ambiental, que prevê pena de até cinco anos de reclusão e multa.

Para entender melhor

RESÍDUOS SOLIDOS – no nosso caso são todos aparelhos acionados por energia elétrica, pilhas e baterias.

Quase 10% do que sai da indústria retorna a ela pelos seguintes motivos:

A-      Os varejistas compram alem do que seu giro de mercadorias comporta e o produto fica obsoleto pelo rápido lançamento de novos modelos, inclusive da mesma indústria sendo feita a devolução ao fabricante.

B-       Devolução de consumidores insatisfeitos, captura de equipamentos por não pagamento, sobras das assistências técnicas por impossibilidade de conserto, falta de peças de reposição ainda dentro do prazo de validade. Este procedimento de transito ocorre somente entre fabricante e lojistas e assistência técnica autorizada.

Esta ação era corriqueira no relacionamento entre estes agentes os fabricantes e lojistas, mas o destino dos aparelhos não era monitorado até então, e a empresa fazia o que melhor lhe conviesse.

Porem agora o que será feito deste material que retornara para os fabricantes? De acordo com a nova Lei deverá ter o maior percentual possível de material reciclado. Pois também será uma questão de Marketing ambiental. Veja a opinião de grandes empresas sobre o assunto reciclagem (manufatura Reversa) e Marketing Verde. Visite:

http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI21974-16380,00-SUA+EMPRESA+E+VERDE.html

http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI21972-16380,00-FUTURO+UMA+REVOLUCAO+ECOINOVADORA.html

http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI21966-16380-1,00-POR+UM+MUNDO+SUSTENTAVEL.html


O que era feito dos outros 90% de aparelhos eletrônicos restantes após seu uso ou inoperância pelos consumidores?

Eram enviados para o lixo comum. O que acarretou ao longo dos anos passados grandes perdas de matéria prima já processada e mais ainda a contaminação do solo e águas subterrâneas em muitos lugares do planeta. Uma pequena parte tem sido reciclada pelos catadores, sucateiros e cooperativas de reciclagem que coletam e vendem as partes que encontram contendo latão, cobre, chumbo, aço, alumínio e plástico. Isso ocorre eventualmente quando o volume justifica a ação de desmontagem.

Manufatura reversa ainda é novidade no Brasil      30/04/2010 – 08h59 Redação BAND NEWS

Transformar produtos prontos que vão virar lixo em matéria-prima é comum em alguns países, mas no Brasil ainda é uma novidade. Na manufatura reversa, como é chamado esse processo, os equipamentos são desmontados e componentes como metais e plásticos são separados e vendidos à indústria. Depois disso, esse material é usado na fabricação de novos produtos. O diretor presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tratamento de Resíduos, Diógenes Del Bel, diz que faltam políticas públicas para expandir a prática no país. Ele revela que todos os tipos de equipamentos podem passar pelo processo de manufatura reversa. No entanto, os eletrônicos são mais visados. Segundo o diretor presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tratamento de Resíduos, o Brasil tem entre cinco e dez empresas que fazem a manufatura reversa. Diógenes Del Bel compara a quantidade com a do no Reino Unido, onde mais de 350 companhias realizam o procedimento.

Link:  http://bandnewsfm.band.com.br/conteudo.asp?ID=295936

Mesmo assim as sobras, materiais não aproveitados, acabam indo para o lixo comum. Porem este quadro agora tende a mudar.

Com a nova Lei haverá um grande crescimento da atividade de reciclagem ordenada e profissional.

Os fabricantes e lojistas deverão passar a receber os equipamentos para destinação ambientalmente correta. A muito se vê campanhas como: Troque sua TV velha por uma nova, recebemos a velha no momento da entrega. Operadoras de Celular mantem coletoras para descarte dos aparelhos inoperantes, empresas como a DELL, HP e NOKIA já recebem seus produtos para reciclagem.

Mas quem fará este tratamento, a separação dos materiais? Certamente as empresas não efetivarão esta atividade em suas plantas, pois seria muito caro. Então este será um serviço terceirizado devido a sua abrangência, necessário em todos os municípios do Brasil onde ocorre o descarte destes equipamentos.

Portanto este é um mercado iniciante com geração de trabalho e renda que se apresenta como um novo enfoque de ver o chamado “LIXO” Tecnológico, pois hoje já existem processos para reciclagem de mais de 80% a 94% de tudo que é utilizado nestes equipamentos. A nova Lei dos Resíduos Sólidos premia este seguimento dando-lhe um novo status e um valor adequado dentro da cadeia produtiva.

Esta é a proposta deste manual, possibilitar a aqueles que tenham visão e empreendedorismo possam estar aptos a desenvolver esta atividade na prestação de serviço as indústrias do país (junto a elas ou nos 522 municípios do Brasil). Sucateiros, cooperativas de reciclagem, condomínios, escolas, universidades, e usuários, pois todos os seguimentos produtivos de bens, serviços e pessoas necessitarão da Manufatura Reversa para compor seu processo industrial ou mesmo o usuário comum que voluntariamente terá onde entregar seus equipamentos para reciclagem de forma direta.

As Prefeituras na coleta do lixo urbano também recebem centenas de aparelhos no meio do lixo comum diariamente, e necessitarão deste serviço.

Visite: A ABETRE – Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos é a entidade de classe da chamada “Indústria Ambiental”, um setor com características singulares, pouco compreendidas, mas que lhe conferem uma importância estratégica que tem sido pouco explorada para o desenvolvimento sustentável do país. Link:

http://www.abetre.org.br/quem.asp

Algumas Prefeituras no país já receberam um “TAC” Termo de Ajuste de Conduta efetivado pelo Ministério Publico Federal para que as áreas que recebem o lixo urbano, não mais recebam o Lixo Tecnológico. Dando um prazo para que busquem destinação alternativa separando-o da deposição junto ao lixo comum – orgânico – pois seu contato com a umidade desencadeia reações químicas de envenenamento tornando o Chorume muito mais perigoso caso infiltre nos lençóis freáticos ou contamine o solo no entorno do deposito de lixo.

http://www.clrb.com.br/index.php

Estudos desenvolvidos pela Universidade da ONU na China, sobre o que se entendia como tecnologia limpa “não poluidora”, as indústrias de eletroeletrônicos, revelou que não é verdade, pois os materiais utilizados na fabricação quando descartados podem causar danos ao meio ambiente. Por conseguinte ao homem se não tratados de forma correta para minimizar os impactos devido ao consumo cada vez maior de aparatos eletrônicos no mundo. Em pouco tempo teremos cidades enfermas, grandes depósitos de água subterrânea contaminada e o desperdício de toneladas de matéria prima nobre que poderia ser recuperada, perdida.

Link: http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2004/03/040308_computersms.shtml

http://www.ecodebate.com.br/2010/02/23/relatorio-da-onu-alerta-que-geracao-de-lixo-eletronico-cresce-a-40-mi-de-toneladas-por-ano/

Publicação da ONU sobre o lixo tecnológico:

http://www.unep.org/PDF/PressReleases/E-Waste_publication_screen_FINALVERSION-sml.pdf

Em pouco tempo prevejo que esta atividade a “Manufatura Reversa” será incluída na grade das Academias, pois sua importância e abrangência necessitarão da formação adequada a seu gerenciamento devido à complexidade dos materiais, as leis aplicáveis e o intercambio internacional de matéria prima gerada.

Link:  http://www.fateczl.edu.br/TCC/2009-2/tcc-256.pdf

O motivo da necessidade futura de uma formação acadêmica? As centenas de milhares de toneladas em matéria prima de uma infinidade de produtos e materiais a serem gerenciados, economia, novos processos de tratamento, a geração de novos produtos recicláveis e a inclusão de milhares de pessoas no mercado de trabalho. Conseqüentemente a movimentação de milhões de reais na cadeia deste processo. Como ainda não é esse o caso vamos levar o máximo de informações ao pleno desenvolvimento da atividade como a temos praticado hoje.

A seguir vamos conhecer passo a passo cada detalhe deste processo, desde a concepção, as metodologias atualmente aplicadas, as fontes de informação até os compradores de materiais para que você tenha uma visão clara deste novo processo que permitirão concluir que:

À manufatura reversa competem diversas finalidades, como adequação ambiental, recuperação de valor e prestação de serviços diferenciados. A aplicação da metodologia construída mostrou ser a proposta um arcabouço para análise dos sistemas sob ótica dos processos a serem desenvolvidos e novas formas de serem realizados, alcançando finalmente uma consciência mais clara do que é consumo responsável, destinação ambientalmente correta, pesquisa e educação. Portanto muito ainda tem a evoluir. Aqui fica uma pequena contribuição à aqueles que desejam empreender uma atividade ambiental e lucrativa.

O que podemos entender como manufatura reversa.

A manufatura reversa é o sentido contrário da fabricação, portanto cada parte de um aparelho é separada e identificada sendo colocada em um recipiente conforme seu tipo. O resultado é que a acumulação de determinado material deixa de ser uma peça qualquer e se transforma em uma matéria prima, ou que contenha conteúdo valorizavel por algum processo, passando a ser uma Commodity com preço de mercado regulado inclusive em Bolsas de Valor. Podendo ser Plásticos em suas variadas composições, metálicos em seus vários tipos e aqui se incluem os parafusos, molas, contatos e mais celulose, emborrachados, vidro, madeira, placas eletrônicas, peças e componentes reaproveitáveis.

Neste processo ocorre também à geração de RESIDUOS não recicláveis tendo como destinação a incineração, mais a frente trataremos de quem e como caberá sua destinação.

Portanto basicamente Manufatura Reversa é o desmontar e separar as partes que compõe quaisquer aparelhos e sua seleção por tipo, de forma ordenada e técnica para que sejam reciclados. Assim economizamos matéria prima primária retirada da natureza. E uma vez processada a matéria prima sua reciclagem tem menor custo, possibilitando um novo ciclo economicamente viável e adequado a preservação ambiental.

Quais conhecimentos são necessários para plena atuação nesta área.

Inicialmente quase todos nós temos a informação básica para iniciar esta atividade, pois muito provavelmente quando criança havendo oportunidade se desmontava quase tudo o que caia em nossas mãos. A maioria dos materiais nós já os conhecemos pelo uso e convívio. O que difere agora é que necessitaremos adquirir o conhecimento dos materiais mais apuradamente para que tenhamos a noção de seu valor econômico para a reciclagem. O que não é muito difícil, isto porque na medida em que serão feitos os contatos com os recicladores de cada material estes nos darão as informações necessárias. Por exemplo, no caso dos plásticos em pouco tempo é possível conhecer cada tipo pelo odor que exala quando colocado próximo a uma chama. Há uma tabela com as informações deste tipo de teste que o comprador de plástico para reciclagem fornece com a finalidade de separarmos os tipos adequadamente, assim ele já levará o material separado por tipo diretamente para o processamento. As placas eletrônicas são classificadas por tipo de componente que comporta ou pela sua finalidade, como placas de informática, aparelhos de DVD, placas de TV comum, de Plasma, LED ou LCD, etc. Os metais também são facilmente identificáveis em muito pouco tempo e os recicladores destes materiais fornecem as informações necessárias à correta identificação para valorização.

Sites que mantém atualizações sobre preço de materiais recicláveis.

Links:

http://www.cempre.org.br/serv_mercado.php

http://www.setorreciclagem.com.br/modules.php?name=Content&pa=showpage&pid=27

http://www.sucatas.com/

http://ciencias.biz/lixo_recicle/Pre%C3%A7os_de_material_Reciclavel.htm

Onde se aplica.

Imagem

Praticamente em todos os tipos de produtos industrializados para uso eletrônico ou mecânico com acionemento tacnológico..

Desde um simples ventilador a um complexo sistema robotizado passando por tudo aquilo que usamos no dia a dia em nossas casas. Um ferro de passar roupas, um liquidificador, uma batedeira, um aparelho três em um, DVD, DVD Veicular, rádio comunicadores de empresas de segurança, aparelhos de MP3, 4, 5, 10, impressoras a jato de tinta ou Laser, computadores, geladeiras, freezer, calculadoras, maquinas de terminais de atendimento bancário, caixas eletrônicos, registradoras de supermercado e lojas, telefones e celulares, receptores de sinal de satélite ou TV a cabo. Sistemas de acionamento Veicular Digital, Ar Condicionado Digital,

Catalisadores Veiculares, cafeteiras elétricas, e tantos outros equipamentos que nos rodeiam.

A cada dia a tecnologia necessita de mais material de qualidade para a confecção de equipamentos como celulares com múltiplas funções. Estes equipamentos precisam manter condutividade constante para o transito de energia e informações. Não esta muito longe de nós a utilização dos mesmos requisitos usados na fabricação de celulares para os equipamentos de: Abertura das portas de nossas casas, ligarem os aparelhos por comando de voz ou pelo reconhecimento de nossa digital ou desenho da Iris ocular, a distancia poderemos efetivar uma serie de comandos no trajeto do trabalho ou de casa pelo celular ou outro equipamento semelhante.

O que isso quer dizer. Que a cada dia mais e mais haverá a necessidade da reciclagem destes materiais para a confecção de novos equipamentos, uma vez que ele tem um período de vida útil finita. Podem queimar ou tornarem-se obsoletos. Ai entra a manufatura reversa para retornar as matérias primas/processadas ao ciclo.  Por quê? O motivo é simples a retirada de matéria prima da natureza é dispendiosa e chegará um momento a exaustão, escassez o que tornará seu preço inviável para a manutenção dos baixos preços hoje praticados no mercado, conseqüentemente a elevação do preço dos produtos prontos. Então reciclar é mais econômico e pensando bem não há outro caminho para a economia mundial.  Este link o levara a um Vídeo que lhe dará a exata visão deste processo finito na natureza: “A História das Coisas” uma aula sobre produção, consumo e reciclagem.

Link: http://www.unichem.com.br/video.php?id_video=16

Como é feita a Manufatura Reversa.

Visão Geral.

Inicialmente após o recebimento dos equipamentos, procede-se a acomodação de lotes por tipo, para que se obtenha volume suficiente a ação de desmanche.  Isto para que possamos adequar a atividade às ferramentas utilizadas pelo pessoal como em uma linha de montagem as avessas. Quando trabalhamos desta forma cada pessoa da equipe munida de ferramenta adequada separa rapidamente cada parte que lhe cabe. De posse de uma peça fazemos a primeira desmontagem e vemos quais e quantas ferramentas serão necessárias, bem como as etapas necessárias. Neste momento também identificamos os materiais para poder preparar os recipientes que receberão cada tipo de material, assim ao termino teremos as matérias primas segregadas para seu destino final. Em alguns casos há a necessidade de após a primeira separação, uma peça ou outra retornar para uma segunda etapa de desmontagem.

O que resulta no final em um processo eficiente, a principio parece extremamente trabalhoso, mas com as ferramentas certas e a prática o rendimento é logo alcançado. Uma arruela, um minúsculo parafuso, pequenas molas,  tudo que venha a ser reciclado é revertido em renda.

De acordo com o Layout abaixo, adotamos o seguinte procedimento:

Veja imagem no Blog.

BANCADA

LOTE

DE

MATERIAL

Commodities

Alimentador

Separador

A descaracterização e desmontagem dos equipamentos seguem um padrão cujo objetivo é maximizar o aproveitamento de todos os recursos empregados para a obtenção do máximo de partes reaproveitáveis para a reciclagem. As ferramentas para esta tarefa são ofertadas para a equipe de forma a que possam desmontar cada peça inteiramente. A objetividade para o esgotamento do montante daquele tipo de equipamento, que compõe o lote, é conseguida pela ação do alimentadorque não só abastece a bancada com o que será desmontado, como também recolhe e acondiciona os vários tipos de materiais em seus respectivos recipientes. Observando neste momento se ainda há necessidade de correção de falha no processo de descontaminação, como a existência de impurezas que contaminem aquela matéria-prima. Observe-se que para cada tipo de material há uma determinação para que se enquadre como material reciclável é necessário que esteja em conformidade com as condições determinadas pelo RECICLADOR FINAL do produto.

Por exemplo, podemos citar o plástico que deve estar isento de adesivos, componentes metálicos como parafusos, molas, ou outro material que chamamos contaminante e estar separado por tipo, PS, PP, ABS, PVC Flexível, etc. Em um teclado encontramos até três tipos de plástico diferentes, e estando separados por tipo obtemos um preço melhor, o mesmo ocorre com outros materiais inclusive as placas que são classificadas/valorizadas por ter esta ou aquela quantidade ou tipo de componente.

O que é preciso para atuar na MR.

Inicialmente fazer o levantamento dos recicladores dos materiais instalados mais próximos a região em que vai atuar e as quantidades mínimas que ele recebe, bem como se fazem a coleta e a forma de pagamento. Daremos a informação de contato de vários recicladores de muitos materiais para que possa fazer uma pesquisa de mercado nacional, assim poderá avaliar todo o processo necessário para atingir um maior leque de possibilidades de destinação correta dos materiais, pois também precisará receber um certificado de destinação de suas commodities. Comprovando a adequação ao que determina a nova Lei. Este é o momento de coletar o Maximo de informação de seu parceiro destinador final, pois ele será seu canal de destino bem como agregador de valor nos materiais encontrados na separação. Saiba principalmente quais quantidades mínimas ele adquire e se possível faça uma visita para conhecer o potencial de seu parceiro.

Pois assim terá a dimensão de que espaço vai precisar para estocar o material e a área para a bancada de MR, com estas informações poderá vislumbrar como ira atuar desde a captação de material, sua acomodação, tratamento e o fluxo financeiro. Muitos recicladores podem estar longe, nestes casos um contato pela Internet, telefone ou e-mail torna possível encontrar o reciclador de certo material que na sua localidade não exista e venha a ter interesse em uma

parceria na região onde vai atuar ampliando suas possibilidades de ganho, como captador de certo material como parceiro recebendo um preço melhor para comprar de outros MR existentes em sua orbita de atuação. Podendo ocorrer até certo investimento para uma parceria ampliando suas possibilidades na captação do material. (no tópico Quem adquire os materiais há empresas que vendo potencial em sua região investem de alguma forma)

Reaproveitamento de peças.

Durante nossa atuação verificamos um percentual de procura por peças para reposição, o que nos levou a montar um pequeno laboratório para teste de componentes eletrônicos. Pois muitas pessoas nos procuravam em busca de recuperar algum equipamento antigo ou novo que não encontrava peças no mercado local. Como processadores antigos, placa mãe de certo modelo, uma impressora Laser usada para retirar uma peça para concerto de outra, uma placa de Vídeo K7 etc. Isso ocorreu à medida m que nosso trabalho era divulgado, passando a ser mais uma fonte de renda. Mas atenção, esta ação dependerá do contato firmado com o destinador.

Haverá contratos em que todo o material deverá ser reciclado, não podendo haver comercialização de suas peças, isto por uma questão de ética da empresa. Neste caso todo o material deverá ser destruído e reciclado. Os motivos são evitar que componentes defeituosos com a marca retornem ao mercado, segredo industrial e reciclagem total dos materiais.

Outra possibilidade é a MR para recuperação de parte das peças e componentes para retorno ao fabricante dos aparelhos, esta possibilidade deve ser sempre proposta quando do contato com o seu fornecedor e merece uma aproximação maior e a discussão detalhada de como executar corretamente o serviço de forma a obter o melhor rendimento para ambos.

Já os equipamentos recebidos de particulares, PEV, associações de catadores e campanhas promovidas com entidades ou outros parceiros, permitem a comercialização de peças ainda funcionando.

Licenciamento Ambiental e Legalização

Verificar junto a Prefeitura, principalmente se onde se pretende instalar a empresa é compatível com o zoneamento e se o imóvel pode receber essa categoria de atividade evitando o indeferimento do pedido de Alvará o que acarretará a busca de outro local, também no Corpo de Bombeiros. Junto a Secretaria da Fazenda com a ajuda de um Contador efetivar o Registro na Junta Comercial e documentos para regularizar a atividade no âmbito Estadual. O CNPJ, inicialmente pode optar pelo SIMPLES onde a carga tributária é baixa e compatível com o inicio da atividade na implantação. Pois só assim dentro da legalidade será possível fazer parcerias com as grandes empresas.

Verificar quais as licenças ambientais necessárias na região em que será instalada a empresa. Existem pequenas diferenças de estado para estado. Em cada município há a secretária de meio ambiente que deverá ser procurada para conhecimento da documentação necessária a ser apresentada neste órgão para esta atividade. Em cada estado há um órgão fiscalizado/regulador das atividades com impacto no meio ambiente, necessitando ser retirada uma Licença de Operação expedida pelo órgão, esta licença é fundamental para que se atue de forma regular, após o licenciamento no órgão estadual se efetua o licenciamento Federal no IBAMA.

São processos simples e devido à nova Lei é de suma importância para os gestores públicos a implantação de empresas de Manufatura Reversa.

Esta exigência é fundamental para que se possa exercer a atividade legalmente e também para que esteja apto a fornecer um documento muito importante no processo legal:

O CERTIFICADO DE DESTINAÇÃO.

O certificado de destinação é um documento gerado pela empresa de Manufatura Reversa atestando o tratamento dos equipamentos por ela recebidos, sua decomposição, onde consta a origem e demais dados do fornecedor do material quando empresa.

Podendo ser solicitado também por outro destinador de equipamento como condomínios, assistência técnica, escolas, faculdades e usuários particulares.

ATENÇÃO!

É DE SUMA IMPORTÂNCIA QUE QUEM VAI ACOMPANHAR OS LICENCIAMENTOS TENHA CONHECIMENTO DO CONTEUDO DE TODOS OS LINKS AQUI INFORMADOS.

Por experiência própria encontrei dificuldades junto a gestores dos vários órgãos que não estão familiarizados com esta atividade e por conta do receio de autorizar algo que tinham duvidas por  não entender como ela ocorre, tornavam o tramite difícil e demorado.

Este processo não gera poluição, pois é seco. Não há contaminação de afluentes, poluição do ar, e os resíduos são muito menores em volume ou perigo, pois não ocorre o processamento nesta atividade, o tratamento químico ou térmico. Todos os materiais são enviados para os destinadores finais. Portanto, quanto mais conhecimento for possível passar para estas pessoas muito mais rápido serão liberadas as licenças necessárias.

Este certificado faz parte do processo de registro das atividades desenvolvidas, emite-se em duas vias, mantendo arquivada uma cópia com o recebido do destinador do material para manufatura reversa. Outra opção é procurar o SEBRAEna sua região, lá tara apoio em todo o processo, bem como cursos que irão aprimorar sua gestão.

Controle interno e Relatórios

Alem dos seus controles internos semestralmente é solicitado pelos órgãos reguladores um relatório de destinação, contendo as quantidades e o tipo de material encaminhado onde constarão os dados do destinador final reciclador de cada tipo de material. Informações de Nome, endereço e CNPJ do destinador(res) final. No site do CONAMA encontramos o modelo deste documento. Este modelo é basicamente aceito pelos outros órgãos fiscalizadores estaduais.

Link: http://www.ibraop.org.br/site/media/legislacao/ambiental/resolucao_conama_006-88.pdf

*o link acima trás todas as informações de preenchimento e o modelo.

Ferramentas e Equipamentos

As ferramentas basicamente são manuais, de varias bitolas quase sempre as que costumamos ter em casa para pequenos concertos como chaves de fenda e Philips, porem as com acionamento elétrico como desparafusadeira e furadeira ajudam pela economia de esforço e rapidez. Um jogo de chaves estrela, chaves harlem, martelo, alicates de corte para fios, de bico, de pressão, estilete, ferro de solda para retirar um ou outro componente, uma morsa media, um transpalet para movimentação do material, palet de madeira ou plástico, Caixas, tambores plásticos e Bigbag de vários tamanhos, etc. À medida que a atuação vai se desenvolvendo vamos verificando quais ferramentas necessitamos em função dos equipamentos que vamos trabalhando. Uma Bancada resistente com cobertura de folha de zinco. Também é preciso de uma balança no mínimo de 200 Kg para o controle da pesagem dos materiais para venda, caso no inicio não seja possível podemos acompanhar a pesagem na balança do reciclador final.

Imagem       Equipamentos de EPI para a atividade.

Por se tratar de uma atividade manual, o básico são as luvas, óculos de proteção, botas e conjunto da calça e jaleco como os de oficina automotiva que encontramos em qualquer loja de roupas profissionais, quando possível implantar:

PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Operacional), PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e ASO -(Atestado de Saúde Ocupacional).

Sabemos o quanto inicialmente é difícil atendermos a totalidade das exigências dos órgãos e a legislação a essa área devido à contaminação por metais pesados. Mas devemos levar em consideração e priorizar tão logo a atividade gere recursos a aplicação destes programas.

Qual o Mercado para essa atividade com a nova Lei.

Cenário antes da Lei

  • Eletroeletrônicos obsoletos passam a ser considerados resíduos industriais
  • São Paulo exige CADRI para disposição final
  • IBAMA reconhece atividade como potencialmente poluidora enquadramento TCFA  tratamento de resíduos industriais
  • Equipamentos normalmente destinados junto com resíduos domiciliares
  • Grande quantidade de resíduos perigosos
  • Existência de resíduos na forma de gás
  • Operações manuais sem qualquer tecnologia
  • Mercado predominantemente informal e caótico
  • Falta de opções para os consumidores conscientizados
  • Iniciativas de incentivo ao consumidor, não coordenadas e pontuais elaboradas por empresas comprometidas em promover a sustentabilidade

O novo cenário

Primeiramente é uma nova forma de vermos o descarte, nos países da Europa e Estados Unidos já há um grande fluxo de material para esta atividade por conta das Leis que obrigam a que os aterros sanitários não recebam este tipo de material – reciclável – e também com maior força na Europa pela aplicação do Eco Valor, que é um percentual no preço do produto destinado a ser pago para as empresas que reciclam os equipamentos quando descartados.

Aqui no Brasil só agora por conta da nova Lei estes procedimentos virão a ser aplicados. Portanto podemos nos preparar para atender uma demanda expressiva de necessidade de terceirização deste serviço por todas as indústrias. Imaginemos que, a marca de aparelhos DELL de informática, conforme consta em seu site recicla seus aparelhos pós-uso bastando para isso encaminhá-lo para a DELL. Você conhece alguém que tenha um computador e quando ele não mais serve ao uso tenha levado para a fabricante e entregue?

Eu ainda não encontrei. Bem a partir de agora cada cidade em que haja uma empresa de manufatura reversa poderá atender a esta demanda. Bastando para isso que a empresa fabricante dos aparelhos saiba de sua existência naquela localidade. Usando do site da empresa podemos oferecer este serviço diretamente sem atravessadores. Ou ainda fazer parte de uma cooperativa (o que possivelmente ocorrera com o apoio de entidades como o CEMPRE – Comitê de Empresas Responsáveis ou a CLRB – Conselho de Logística Reversa do Brasil) que tratam em seus sites de informações importantes e agrupadas facilitando a pesquisas aos  prestadores de Manufatura Reversa fortalecendo assim ao empreendedor nesta área sua qualificação técnica, assim podemos desde já chamar,  bem como por meio de seus espaços para anúncio possibilitar a  captação de inúmeras empresas a serem atendidas por seu serviço na área onde atua alem do material dos usuários ambientalmente conscientes e os sucateiros da sua cidade.

Quanto as Prefeituras, muitas já buscam o apoio na destinação de resíduos eletroeletrônicos por meio de ONGS que desenvolvem trabalho com Cooperativas de Catadores, na área de Informática o CDI – Comitê de Democratização da Informática, ONG Brasileira que atua em todo o mundo seu trabalho recupera parte do material descartado pelos usuários, órgãos públicos ou empresas recupera o que é possível e transforma em equipamentos para inclusão digital em áreas carentes, porem tudo aquilo que não é possível reutilizar pelo CDI Amazonas, nossa MF. Mas uma substancial parte de todo esses equipamentos acaba indo para os lixões ou aterros sanitários. Daí pode-se ter uma idéia da quantidade imensa de matéria prima que se perde a cada dia. Não é salutar garimpar estes materiais nos lixões, essa é uma idéia que devemos descartar apesar de lá haver toneladas de material, mas INSALUBRE. Portanto procurar a Prefeitura de sua cidade e propor a implantação de um programa de recebimento destes materiais a partir de agora é o melhor caminho, uma vez que ele a Prefeitura estará obrigada a dar destino adequado a este material. O PEV – Ponto de Entrega Voluntária é o ideal nesta parceria, pois os equipamentos serão deixados lá sem contaminação. E sua prestação de serviço será interessante aos Gestores da Secretária de Limpeza Publica e Secretária de Meio Ambiente, faça uma visita para verificar a possibilidade de uma campanha e a sua participação caso acidade já conte com a coleta seletiva.

Governo deve determinar preço mínimo para produtos recicláveis

23 de março de 2010, às 00h51min  Por Equipe, InfoMoney

SÃO PAULO – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve editar um decreto que estabelece uma política de preços mínimos para produtos reciclados. De acordo com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o método para determinar o valor mínimo será baseado em um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que quantifica os benefícios da reciclagem na cadeia produtiva e no meio ambiente.

“Esse estudo ficou pronto agora e vai servir de base para um novo decreto sobre pagamento de serviços ambientais urbanos, substanciado nesse preço de garantia para produtos reciclados”, afirmou Minc,segundo a Agência Brasil.

O ministro prevê que a medida começará a valer no próximo semestre. A informação foi divulgada na última sexta-feira (19), por Minc, durante o lançamento da Agenda Ambiental da Administração Pública na Ancine (Agência Nacional do Cinema).

Preço
Segundo Minc, o Ipea diferenciou o preço de lata, vidro, plástico e papel, calculando o valor econômico para o meio ambiente, por diminuir a poluição, aumentar o tempo de vida dos aterros e emitir menos poluentes.

“No Brasil sempre teve preço mínimo para algodão, para açúcar, para soja, mas nunca teve para produto extrativista e muito menos para reciclado”, disse o ministro.

O Conselho Monetário Nacional deve votar qual o preço mínimo para cada produto reciclado. Quando o valor de mercado ficar abaixo do estipulado, o governo pagará a diferença, como um subsídio, à cooperativa de catadores ou ao comprador, que será ressarcido.

http://www.denuncio.com.br/noticias/governo-deve-determinar-preco-minimo-para-produtos-reciclaveis/3042/

Links:

http://www.e-lixo.org/participe.html

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/pinheiros/noticias/?p=10647

http://www.ourinhos.sp.gov.br/noticia/4373/Mutirao+do+Lixo+Eletronico+sera+realizado+hoje+em+Ourinhos

http://www.fhaznew.com/2010/07/coleta-descarte-lixo-eletronico.html

http://www.licenciamentoambiental.eng.br/campo-grande-tera-ecopontos-para-coleta-de-lixo-eletronico/

http://www.ibipora.pr.gov.br/noticia/mostrar/986-Prefeitura+recolheu+bastante+lixo+eletr%C3%B4nico.html

http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1024001

http://porummeioambienteinteiro.blogspot.com/2010/06/prefeitura-de-santos-divulga-locais-de.html

http://softwarelivre.org/mslguarulhos/lixo-eletronico.

http://institutoagora.org.br/node/848

As Formas de captação de material.   

Já falamos das possibilidades de mercado, mas por ser uma atividade ainda não corriqueira para que tenhamos maior fluxo de material precisamos criar outras fontes alem das indústrias. Então vamos lá:

Facilitar ao máximo a deposição de material obsoleto ou inoperante pelo usuário.

A-     Folheto explicativo com endereço e telefone e se possível uma página na Internet com e-mail para contato, há muitas idéias em sites de reciclagem tecnológica e textos na internet.  Você pode criar de acordo com as características de sua região. Para serem deixadas em lojas de equipamentos eletrônicos, assistências técnicas, supermercados, bancas de revista, condomínios em fim, o tema meio ambiente e reciclagem cada dia mais interessa a todos e muitas pessoas certamente procuram descartar estes equipamentos de forma ambientalmente correta. Bastando apenas saber onde isso é possível.

B-      Campanhas junto a escolas, centros comerciais ou Shopping Center, supermercado de grande movimento etc. Estas campanhas servem muito mais para divulgar seu trabalho e localização. Normalmente repercu- tem na mídia. Jornais locais divulgam, rádios e TV local fazem entrevistas. Muitos destes locais colaboram, pois esta ação geralmente aumenta o movimento onde se realiza a campanha e dá ao parceiro uma conotação de responsabilidade ambiental, o que é uma ótima propaganda

C-      Parceria com sucateiros e cooperativas de catadores, são eles que farão a divulgação boca a boca junto á comunidade onde atuam.

D-     Parceria com Jornais ou Sites locais para manter um informativo permanente sobre o assunto onde consta seu endereço e contato telefônico.

Imagem

Mais informação sobre captação de material:

http://www.lixoeletronico.org/

http://www.oeco.com.br/reportagens/37-reportagens/23691-lugar-de-computador-velho-e-na-reciclagem

http://cooperatiradentes.blogspot.com/2010/03/como-organizar-coleta-seletiva-em-um.html

http://www.natureba.com.br/coleta-seletiva-condominio.htm

 Mercado

Em 2007 a ONU lançou o programa StEP (Solving the E-waste Problem), na tentativa de criar padrões mundiais de tecnologias e processos de reciclagem do e-lixo, além de incentivar o aumento da vida útil dos eletroeletrônicos, gerando economia de muitos milhões. No Brasil, já existem algumas empresas que recolhem e-lixo. O problema é que essas iniciativas servem apenas para a sucata gerada por empresas de médio a grande porte, além de não existirem em cidades pequenas do interior. Ainda não se sabe o que fazer com o liquidificador e aparelho de som quebrado (e que infelizmente não têm mais conserto). Uma opção, quando os equipamentos ainda estão funcionando, é doar.  Mas como vemos a reciclagem pode ser compensativa se incentivada.

Um exemplo prático

 Tomemos por exemplo um lote que retiramos de uma pequena assistência técnica de informática em Manaus. Lá havia 460 unidades de Fonte de Alimentação de computadores queimadas. Este material estava jogado no fundo da área externa da assistência, expostos ao tempo, resultado de aproximadamente 6 meses de descarte aguardando um dia para que o proprietário colocasse na lixeira para coleta. Lá havia também outras peças como Placas mãe, placas de Vídeo, Fax etc. gabinetes de CPU que também retiramos, mas vamos nos conter por hora somente nas fontes para que possamos dimensionar o resultado da manufatura reversa.

Abaixo o resultado da MR aplicada em um tipo de equipamento e sua valorização:

Material Descrição Gramas encontrada na peça Quantidade

peças

Total

Gramas

Total

Kg

Cobre Fios varias bitolas 50 460 23000 23
           
Alumínio Placas e perfis 80 460 36800 36,8
           
Fios / Chapa

Carcaça

Outros metais 150 460 69000 69
        Total Kg 128,8

Resultado: 23 Kg de Cobre, 36.800 Kg de Alumínio e 69 Kg de outros metais.

Despesa Financeira: Aquisição das 460 Fontes R$ 0,05 (cinco centavos) a unidade = R$ 23,00

Valores em maio de 2009 na cidade de Manaus.

Resultado Apurado:

Preço do Kg Cobre R$ 9,00 x 23 kg =         R$ 207,00

Preço do Alumínio R$ 2,85 x 36,8 kg =      R$ 104,88

Preço do Ferro        R$ 0,08 x 69 kg =         R$     5,52

Total  =          R$ 317,40  – R$ 23,00 = R$ 294,40

Somemos mais a despesa de combustível, R$ 20,00

Foi gerada uma receita de R$ 274,40 sobre a qual incidirão ainda os custos decorrentes, luz, aluguel se houver, salários de 2 pessoas, tempo da desmontagem 6 horas.

Para que tenhamos uma idéia melhor abaixo veremos os preços praticados de alguns materiais da área de informática e eletroeletrônicos (placas já separadas por tipo prontas para envio ao reciclador, não moídas) no segundo semestre de 2009 em Manaus este era o preço praticado por quilograma.

Obs: A valorização é cotada pelo mercado de metais, variando conforme oscilação das bolsas/dólar.

Descrição

Menor preço R$ p/ Kg

Maior preço R$ p/ Kg

Processador Cerâmico

75,00

100,00

Processador Plástico

16,00

28,00

Placa de DVD ou Vídeo

1,10

1,80

Placa Mãe

3,50

4,20

Placa Leve c/ ponteira

(placa de Informatica. Fax, Rede, Vídeo, Som)

4,40

5,40

HD – Disco Rígido

1,30

3,00

Ventoinha / Cooler

0,20

0,30

Placa de Celular c/ componente

5,90

7,00

Placa de Celular s/ componente

2,50

3,00

Este mercado é gerido pelo comercio internacional, uma vez que as empresas que detém a tecnologia e aparato estão localizadas no exterior. E o envio deste material é regido pela “Convenção de Basiléia” a qual as empresas exportadoras deste tipo de produto seguem executando os procedimentos legais pertinentes.

Link:

http://jp1.estis.net/sites/cien_mz/default.asp?site=cien_mz&page_id=7794FC46-0F7A-4FD4-A3E0-612C7DC9D282

Quem adquire os materiais.

Lorene Importação e Exportação Ltda

Rua João Ventura Batista, 68 – Vila Guilherme

CEP: 02054-100 São Paulo / SP

Fones: (11) 6902-5200 ou 08008825050

E-mail: domenica@lorene.com.br

site: www.lorene.com.br

Belmont Trading Comercial Exportadora Ltda

Rua Dr. Pinto Ferraz, 1012

CEP 13030-500 Campinas – SP

Fone: (19) 3303-1120

Celular: (19) 9804-3796

Nextel: 55*30*55509

Interamerican Ltda

R. Vitor Meireles, 105 – Bairro Jordanópolis

CEP: 09892-190 São Bernardo do Campo / SP

Fone: (11) 4178.1717

Fax: (11) 4178.9892

E-mail: interamerican@interamerican.com.br

Site: www.interamerican.com.br

Oxil – Manufatura Reversa / Gerenciamento de Resíduos

Av. Sidney Cardon de Oliveira, 69 – Cascata

Paulínia / SP

Telefone: (19) 3833-2827

e-mail: silvana@oxil.com.br

Site: www.oxil.com.br

Reciclo Metais Com. de Resíduos Sólidos Ltda

Insc. Estadual: 116.965.400.115

Endereço: Rua Serra das Divisões, 426 Cep. 03587-000 São Paulo, SP.

Tel.: (011) 2254-0950 Fax: (011) 2741-3535

www.reciclometais.com.br

Sanlien Exportação Ltda

Rua Prof. Maria José B. Fernandes, 573 , Vila Maria São Paulo / SP

Fone: (11) 6954-2229 Fax:

E-mail: sanlien@sanlien.com.br

Site: www.sanlien.com.br

SIR Company Comérico e Reciclagem LTDA.

Av. Regente Feijó, 785 – Anália Franco São Paulo / SP

Fone: (11) 6966-5955

Fax: (11) 6965-7745

E-mail: contato@sircompany.com.br

Site: www.sircompany.com.br

Sucata Eletrônica

Rua Manoel Algante, 198 São Paulo / SP

Fone: (11) 8965-9312

E mail: sucataeletronica@sucataeletronica.com.br

Site: http://www.sucataeletronica.com.br

Target Trading S.A

R.: Gomes de Carvalho, 1510 cj. 172

Vila Olímpia – São Paulo – CEP: 04547-005

Email: daniella@targettrade.com.br

http://www.targettrade.com.br

Fone: +55 11 3040 2513 / Fax: +55 11 3040 2514

TCG Brasil Reciclagem Ltda

Rua Eugenio Bertini, 445, Americana/SP

(19) 3468 3882

stefano.lanza@tcgbrasil.com.br

www.tcgbrasil.com.br

UMICORE

Reciclagem de baterias de celular, notebook, câmeras (baterias recarregáveis).

Rua Barão do Rio Branco, 368 Guarulhos / SP

Cep: 07042-010

Telefone: (11) 6421-1246

Site: www.umicore.com.br

Xerox Comércio e Indústria Ltda

Av Paulista, 1776 São Paulo, SP CEP 01310-921

t.: 55 (11) 4009-6290

c.: 55 (11) 9145-7348

c.: 55 (11) 8259-1524

http://www.xerox.com/about-xerox/recycling/ptbr.html

E-Biblioteca

 

Fontes de informação na Internet.

 

IBAMA – Licenciamento Ambiental

http://www.ibama.gov.br/licenciamento/

 

Ministério do Meio Ambiente

http://www.mma.gov.br/sitio/

 

Legislação Ambiental Federal – CONAMA

http://www.mma.gov.br/conama/

 

Vídeo interessante sobre a fabricação de computadores na China:

http://lixoeletronico.org/blog/digital-handcraft-dispon%C3%ADvel-para-download

 

O valor deste material:

http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/3174_O+ELIXO+VALE+OURO

 

Vídeos sobre manufatura reversa:

http://www.youtube.com/watch?v=Bplw2uNJra0

 

http://www.youtube.com/watch?v=4BGV8ZHTO4E

 

Resolução do CONAMA – Pilhas e Bateias

http://www.agirazul.com.br/leis/pilhas.htm

 

Como se reciclam pilhas:

http://www.asec.com.br/v3/docs/Doc_Encontro04_JorgeTenorio2.pdf

 

Seminário Fundação Getulio Vargas – Pós consumo.

http://www.eaesp.fgvsp.br/subportais/10.06.10%20-%20Gest%C3%A3o%20de%20Res%C3%ADduos%20no%20Varejo.%20Fabio%20A.%20Vizentim.pdf

 

Green Peace

http://www.greenpeace.org/brasil/pt/

 

Pesquisa Hugo Marcelo Veit sucata eletrônica.

http://www.portalaondevamos.com.br/conteudo.php?id_conteudo=171&id_sessao=35

 

 

Site de compra e venda em geral, tem seção de sucata eletrônica.

http://www.olx.com.br/searchpages.php?searchbox=sucata+eletronica&section=185


Criação e hospedagem e site gratuito do UOL.

http://www.uolhost.com.br/construtor-de-sites.html#rmcl

 

Hospedagem grátis de site

http://www.v10.com.br/

 

Modelo de contrato.

 

CONTRATO DE EXCLUSIVIDADE PARA AQUISIÇÃO E REMESSA DE MATERIAIS PARA RECICLAGEM E GESTÃO AMBIENTAL DE RESÍDUOS TECNOLOGICOS

NOME DA SUA EMPRESA LTDA, com endereço na cidade de NOME, Estado do NOME, na ENDEREÇO, nº OOO, Bairro NOME, inscrita no CNPJ sob nº 09.176.278/0001-99, Inscrição Estadual nº 04.222.145-5, Inscrição Municipal nº 1205051 e Licença de Operação do IPAAM nº 653/07, neste ato representado na conformidade de seu contrato Social, doravante denominada simplesmente RECICLADORA;

NOME DO CLIENTE Ltda., com sede na cidade de xxxx, (endereço completo), inscrita no CNPJ sob o nº xxxxxxx-xx, Inscrição Estadual nº xxxxxxxx, Inscrição Municipal nº xxxxxxxx, e Registro na Órgão Ambiental n.º neste ato representadas na conformidade de seu Contrato Social, a seguir denominada CLIENTE;

têm entre si justa e acordada o envio  de materiais classificados como obsoletos ou inservíveis, de propriedade do Cliente, para a  RECICLADORA, descritos nas futuras notas fiscais emitidas pelo cliente à favor da RECICLADORA, objeto deste contrato, de acordo com as seguintes cláusulas e condições:

CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETO

1.1     O objeto deste Contrato é a aquisição, pela RECICLADORA, de materiais classificados como obsoletos ou inúteis, para a finalidade de uso a que se destinaram originalmente, de propriedade do CLIENTE com exclusividade;

1.2     100% dos materiais enviados, inclusive embalagens, serão  reciclados, beneficiados e receberão destinação ambiental correta, sob os aspectos da legislação vigente no Brasil; entende-se por reciclagem a reutilização de partes e peças, a descaracterização e ou destruição total ou parcial do material enviado, destinação e gestão de resíduos perigosos a outros recicladores especializados, não podendo ser utilizados para qualquer outra finalidade.

1.3     Ambas as partes, obrigam-se, sob as penas da lei, a não divulgar, nem fornecer a terceiros, as informações a que tiverem acesso, durante o fiel cumprimento deste contrato, excetuados os seus empregados e/ou prepostos que, em decorrência das atividades do objeto contratual, tiverem acesso, cabendo as partes informar e dar conhecimento a esses, da obrigação de sigilo e confidencialidade ora imposta.

1.4     Entende-se como informação, conforme abaixo definida, todas as informações fornecidas por uma parte à outra, escrita ou revelada verbalmente, e à época de sua revelação a Originadora a identifique como informação a ser protegida. O termo “Informação” abrangerá toda informação escrita, verbal, ou apresentada de outro modo tangível ou intangível, podendo incluir, mas não se limitando a descobertas, idéias, conceitos, know-how, técnicas, designs, especificações, desenhos, cópias, diagramas, modelos, amostras, fluxogramas, programas de computador, CDs, disquetes, fitas, planos de marketing, vendas, produção, nomes de clientes, e outras informações técnicas, financeiras ou comerciais.

CLÁUSULA SEGUNDA – DOS DOCUMENTOS

2.1     Fazem parte integrante deste Contrato, independente de transcrição, os documentos a seguir elencados:

a)      Cópia das licenças ambientais da Recicladora ( Anexo I ).

b)      Tabela de Preços e custos de gestão ( Anexo II ).

2.2     Os documentos referidos nesta Cláusula, mais as notas fiscais de envio do material por parte do cliente a RECICLADORA são considerados suficientes para, em complemento ao Contrato, definir sua extensão e intenção e desta forma reger a perfeita e integral execução do seu objeto.

2.3     Em caso de dúvidas ou divergências entre este contrato e seus anexos, prevalecerá o Contrato.

CLÁUSULA TERCEIRA – DA RETIRADA DOS PRODUTOS

3.1     Os materiais serão retirados e ou entregues, mediante livre negociação das partes bem como o horário e nos dias, serão definidos entre as Partes, sempre mediante prévia comunicação escrita.

CLÁUSULA QUARTA – DAS OBRIGAÇÕES GERAIS DA RECICLADORA

4.1     A RECICLADORA se obriga a atender todos os itens e condições deste Contrato e seus Anexos, e ainda:

4.2     Procederá aos controles de recebimento que julgar necessários sobre o material destinado, mantendo-o identificado em lote exclusivo, de modo a não recepcionar materiais incompatíveis com seus processos produtivos.

4.3     Não poderá sem o consentimento expresso, e por escrito, fazer repasse de quaisquer materiais que contenham identificação da marca do Cliente, tais como logotipos, etiquetas, e outros.  Sendo o uso desautorizado da logomarca e/ou nome do Cliente por parte da RECICLADORA, ensejadora de  reparação civil e criminal.

4.4     A RECICLADORA deverá manter em seus arquivos, por um período de 12 (doze) meses, o fluxo atualizado dos materiais adquiridos do Cliente, desde a sua recepção até a sua destinação final.

4.5     A RECICLADORA obriga-se a informar previamente ao Cliente, quaisquer alterações no fluxo do processo e local de realização das operações.

4.6     Admitir e dirigir, sob sua responsabilidade, o pessoal adequado e capacitado, em todos os níveis de que necessitar, para atender o objeto deste contrato, correndo por sua conta exclusiva todos os encargos e obrigações de ordem trabalhista, previdenciária, civil, tributária.

4.7     Cumprir e fazer com que seus empregados cumpram todas as normas inerentes à natureza d objeto contratual.

4.8     Indenizar ou reparar quaisquer danos ou prejuízos causados por seus prepostos ou empregados.

4.9     Realizar todas as transações comerciais exclusivamente em seu nome.

4.10   Responsabilizar-se pelo pagamento de quaisquer multas ou encargos decorrentes do presente contrato, aplicados a si ou ao Cliente, em conseqüência da inobservância ou infração de leis, decretos ou normas regulamentares.

4.11   Manter entendimentos de serviço sempre por escrito, ressalvados os casos determinados pela urgência das medidas, os quais deverão ser confirmados por escrito dentro de 24 (vinte e quatro) horas.

4.12   Realizar os controles necessários e suficientes sobre o material adquirido, de modo a evitar quaisquer problemas de processo, de qualidade, ou sobre os aspectos ambientais.

4.13   Fornecer ao Cliente certificados de processamento e reciclagem, descaracterização e ou destino de 100% dos materiais enviados, inclusive materiais de embalagens com logomarca do cliente, nas condições estabelecidas por este contrato.

4.14   É expressamente vedado, após a reciclagem dos materiais adquiridos, a utilização do material reciclado para qualquer produto com finalidade alimentícia ou de saúde humana e animal, mesmo no que diz respeito a embalagens.

4.15   A RECICLADORA reitera o seu compromisso e obrigação as Cláusulas 1.3 e 1.4 deste contrato.

CLÁUSULA QUINTA – DAS OBRIGAÇÕES GERAIS DO Cliente

5.1     O CLIENTE se obriga a atender todos os itens e condições deste Contrato, e ainda;

5.2     Dispor em lista escrita, os materiais obsoletos e/ou inúteis para sua utilização fim;

5.3     Emitir, conforme legislação aplicável, nota fiscal dos materiais.

5.4     Manter entendimento de serviço sempre por escrito, ressalvados os casos determinados pela urgência das medidas, os quais deverão ser confirmados por escrito em 24 (vinte e quatro) horas.

5.5     Obriga-se a informar previamente qualquer alteração no fluxo do processo e local de realização das operações.

5.6     O CLIENTE reitera o seu compromisso e obrigação as Cláusulas 1.3 e 1.4 deste contrato.

CLÁUSULA SEXTA –  CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

6.1     A RECICLADORA pagará ou receberá  do Cliente, os valores constantes do Anexo II, os quais foram previamente negociados entre as partes.

6.2     Os valores devidos serão pagos ou creditados em 60 dias, depois da retirada dos materiais, conforme Anexo II.

6.3     O pagamento será efetuado pela pelas partes sempre através de depósito bancário em conta corrente nominal a parte credora.

CLÁUSULA SÉTIMA – PENALIDADES

7.1       O não cumprimento das obrigações assumidas por este instrumento, excetuados os casos fortuitos ou motivados de força maior, comprovados na forma da legislação vigente no Código Civil Brasileiro, sujeitará à parte infratora a multa a favor da parte inocente de 10% (dez por cento), aplicada sobre o valor total do presente contrato.

CLÁUSULA OITAVA – DA RESCISÃO

8.1     Este contrato poderá ser rescindido:

8.2     Imotivadamente, por qualquer das partes e a qualquer tempo, mediante aviso com antecedência de 30 (trinta) dias.

8.3     Ato unilateral  se dará independente de qualquer procedimento judicial ou extrajudicial, se ocorridos quaisquer dos motivos abaixo relacionados:

a)  não cumprimento ou o cumprimento irregular da Cláusula contratual.

b)  Prática de fraude, qualquer que seja a sua forma.

c)      A decretação de falência, dissolução judicial ou liquidação extrajudicial da Recicladora, que possa por em risco o cumprimento do Contrato.

d)    Resultado de não conformidade após processo de auditoria, que deverá ser comprovado por escrito e apresentado a RECICLADORA.

CLÁUSULA NONA – VIGÊNCIA

9.1     O presente Contrato entra em vigor na data de sua assinatura, tendo validade por prazo de 12 meses e depois sendo prorrogado automaticamente por prazo indeterminado.

CLÁUSULA DÉCIMA – DISPOSIÇÕES GERAIS

10.1   Este Contrato reger-se-á pelas suas disposições, e legislação pertinente aplicáveis.

10.2   O Cliente reserva para si o direito de realizar auditorias nas instalações da Recicladora, visando constatar o atendimento das legislações vigentes, fluxo do processo e licenças necessárias.

10.3   Quaisquer alterações nas condições contratadas serão efetivadas através de termo aditivo formal assinado entre as partes.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA – DO FORO

11.1   Fica eleito o foro da Cidade de Manaus, Estado do Amazonas, para dirimir todas as questões decorrentes da execução deste Contrato, com renúncia de qualquer outro, por mais privilegiado que seja.

E por estarem justas e contratadas, assinam as partes o presente contrato em 02 (duas) vias de igual teor e forma, para um só efeito, na presença de duas testemunhas abaixo.

CIDADE, XX de xxxxx de 2000.

SUA EMPRESA LTDA.

Cliente                                                                      SUA EMPRESA Ltda.

1._____________________                                           2._____________________

Nome :                                                                         Nome :

Testemunhas:

 

 

Publicado por: Fúlvio Stelli | 11 de junho de 2011

Catadores de material reciclavel. Uma nova visão, educadores ambientais!

Revista de Informação e Educação Ambiental.

Revista mensal, contendo matérias de interesse a população regional.

Objetivo: Gerar renda complementar aos participantes dos grupos de catadores envolvendo os familiares e agregados e incentivar boas praticas ambientais.

Inspirada na revista britânica Big Issue (criada em 1991), e a Ocas no Brasil, é um projeto que tenta resgatar a auto-estima, a cidadania, e a participação social de pessoas que vivem na pobreza. Essa reintegração é feita mediante a venda da revista por catadores de recicláveis em situação de fragilidade, além da colaboração com depoimentos, opiniões e histórias de vida destas pessoas nas edições. Voluntários estudantes das áreas de comunicação escrevem para a revista, além de colaboradores da imprensa local. A ação de venda porta a porta levará estas pessoas ao contato com um universo muito maior de geradores de resíduos auxiliando-os a resgatar maior numero de material e possibilitará também melhoria na qualidade de   vida com geração de renda imediata.

O intuito da revista é fazer com que o individuo que vende a Revista preste um serviço de conscientização ambiental, ética e humanitária à sociedade e si mesmo, pois o coloca em um outro patamar social, um agente efetivo no incentivo a correta destinação de materiais recicláveis aumentando o quantitativo e sua qualidade para reciclagem.

Através do trabalho, esses coletores-vendedores são ajudados emocional e psicologicamente.

Aqui em Manaus sugerimos serem coordenados pela SEMULSP com a colaboração de voluntários estudantes universitários, por quem serão preparadas oficinas de treinamento para os vendedores/catadores.  A revista será viabilizada por meio do patrocínio de empresas nas primeiras edições. Porem  se auto sustentará  quando sua eficácia se mostrar  viável aos anunciantes. A formula econômica  de geração de renda também comporta parte da sustentabilidade , pois o vendedor recebe as primeiras cem revistas gratuitamente. Depois as adquire por 50% do preço de venda, sustentando parte das próximas edições.

PERFIL DA REVISTA

Editorial.  Jornalista trata assunto do momento.

Cadernos:

A – Cidadania.

Direitos e deveres – Didático. (Discorre sobre a constituição brasileira) um tema e abordado e explicado. Colaboração de um membro da OAB ou do MPF.

B – Coletividade participativa.

Ações comunitárias para solução de problemas ou suas iniciativas para o bem comum.

C – Saúde.

Matéria sobre tema especifico informando sobre sintomas e tratamento.

D – Educação / Profissão.

As profissões e seus currículos educativos. (cada edição uma profissão)

E – Emprego,  renda e negócios

Os caminhos da informalidade para a formalidade. ( SEBRAE)

F – Culinária Alternativa. Receitas nutritivas e econômicas.(Pastoral da Criança) * receitas de pastilha de rapadura, bolo de casaca de banana, pão de jerimum, etc.

G – Boas Iniciativas. Voluntariado, ações de destaque humanitário (individuo ou empresa), ações de destaque ambiental.

H – Destaque “História de Vida” Exemplos  de luta e dignidade humana.

I – Na minha Cidade. História e locais interessantes.

J – Vultos da Terra. Quem foi e o que fez por Manaus e seu povo.

K – Cultura e Arte. O que esta acontecendo na Periferia culturalmente , um painel das opções de novos locais, artistas do povo, grupos de teatro, dança , etc.

* Há abertura para muitas outras opções de cadernos.

Projeto Cidade Verde – Sementes (encartada na revista) Todo mês uma semente.

Ex: Mem – seus ramos servem para escovar os dentes, Açaí, Frutíferas e de Sombra  para auxiliar a arborizar a cidade.

Eventos promovidos pelos catadores.(para aproximá-los da comunidade)

Distribuição de mudas em eventos promovidos pela revista para trocar por recicláveis e incentivar o habito relevante de reciclar diariamente .

Primeiros passos para  viabilidade.

•Reunião com lideranças dos grupos de catadores assistidos pela PMMpara apresentação do projeto da revista ocorrido em agosto de 2008.
•Obtivemos plena aceitação por parte dos catadores presentes.
•Propomos uma segunda reunião para apresentar o modelo da revista, colher informações dos grupos, como quantidade de pessoas, área de atuação e necessidades. Tudo será documentado em vídeo como registro inicial para futuro balanço  após o primeiro ano de atuação.

Na oportunidade desta reunião foram  entregues aos grupos  baner para exibição no local de armazenagem  do material coletado,  contendo orientações para a coleta e desmanche dos equipamentos de informática, baterias recarregáveis e celulares.

Juntamente receberam planilha com o preço pago por cada tipo de material que a empresa recicla e orientações para a destinação de outros resíduos como plástico e metais.

Portanto o que este projeto possibilita é que, pessoas venham a encontrar  um novo método de trabalho, obtenham renda imediata, aumentem as quantidades coletadas e com melhor qualidade, tornem-se propagadores de boas praticas como educadores ambientais na comunidade onde atuam e tenham a perspectiva futura de mudar de vida diante das possibilidades  que advirão dentro do universo atendido por este seu trabalho.

Para replicar este projeto entre em contato.

A Vara Especializada em Meio Ambiente e Questões Agrárias (VEMAQA) realiza nesta quinta -feira (16 de abril ) o II Fórum Recicla. O palestrante serão o desembargador Vladimir Passos de Freitas, professores Paulo Ricardo Rocha Farias, Antônio Ademir Stroski e Fúlvio Stelli. Eles tratarão do tema “O Tratamento Jurídico dos Resíduos Sólidos no Brasil”. A palestra começa às 8h30 no Auditório Ataliba David Antônio, do Tribunal de Justiça, na avenida André Araújo s/n. Divisão de Imprensa e divulgação (92) 2129-6771 / 6772 Foto: Alex Pazuello divulgacao@tjam.jus.br

Um möglichst viele Elektro- und Elektronikgeräte recyceln zu
können zahlt die Firma Sucata Digital in Manaus 1 Real pro
Kilo Elektromüll an Hersteller, Händler und sogar Privatleute.
Das Unternehmen sortiert noch verwendbare Komponenten
aus, und stellt z. B. Computer zusammen, die sie für ca.
300 R$ weiterverkaufen. Plastik, Eisen und Leiterplatten werden an Unternehmen im Ausland geschickt, die auf das
Recycling dieser Stoffe spezialisiert sind. Das Potenzial in der
Region ist mit 490 angesiedelten Industrien nach Ansicht des
Geschäftsführers Fúlvio Stelli enorm.

Edição fala de reciclagem tecnologica no Brasil

Publicado por: Fúlvio Stelli | 13 de setembro de 2010

Atuação como palestrante sobre Manufatura Reversa e Reciclagem Tecnológica.

Tribunal de Justiça do Amazonas – Fórum Recicla II – 2009

FUCAPI – Terceiro Ciclo de Tecnologia e Meio Ambiente. 2009

SENAI – Semana do Meio Ambiente. 2008

CDI – Amazonas Curso de formação de multiplicadores 2008

*Agraciado com a “ORDEM DO MÉRITO LEGISLATIVO” no ano de 2008 pelos serviços prestados ao meio ambiente no Estado do Amazonas.

Divulgado na Internet, alguns links:

http://www.manausonline.com/exibe_noticia.asp?ID=1556

http://www.htmlstaff.org/ver.php?id=7218

https://portal.fucapi.br/tec/imagens/revistas/Ed10_03.pdf

http://portalamazonia.locaweb.com.br/sites/amazonsatambiental/noticia.php?p=17&order=&pagesize=2&total_registros=315&idN=15594

http://www.dbsupermercados.com.br/anexos.php?codigo=11

http://www.ebah.com.br/lixo-eletronico-doc-a15751.html

http://www.reciclaveis.com.br/noticias/00706/0070604contratos.htm

http://idgnow.uol.com.br/computacao_pessoal/2007/04/26/idgnoticia.2007-04-25.2669597646/paginador/pagina_4

https://fulviostelli.wordpress.com/2009/03/02/3/

http://www.direito2.com.br/tjam/2009/abr/15/tj-am-realiza-ii-forum-sobre-reciclagem

http://lixoeletronico.org/blog/o-ciclo-do-lixo-eletr%C3%B4nico-3-reciclagem?page=1

http://www.exijaseusdireitos.com.br/noticia_materia.asp?id=215

Link abaixo publicação do Ministério da Indústria da Alemanha com dados de meu trabalho em Manaus

http://www.kompetenznetze.de/service/nachrichten/broschure-recycling

Publicado por: Fúlvio Stelli | 21 de agosto de 2010

Manufatura Reversa Ambientalmente lucativa.

À manufatura reversa competem diversas finalidades, como adequação ambiental, recuperação de valor e prestação de serviços diferenciados. A aplicação da metodologia construída mostrou ser a proposta um arcabouço para análise dos sistemas sob ótica dos processos a serem desenvolvidos e novas formas de serem realizados, alcançando finalmente uma consciência mais clara do que é consumo responsável, destinação ambientalmente correta, pesquisa e educação. Portanto muito ainda tem a evoluir. Aqui fica uma pequena contribuição à aqueles que desejam empreender uma atividade ambiental e lucrativa.

cdAlém disso, as instituições terão que comprovar a destinação ambientalmente correta desses resíduos. O desrespeito à norma é crime ambiental, que prevê pena de até cinco anos de reclusão e multa.ba
Proibições gerais e sanções
A lei proíbe:
– Importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos;
– Lançamento de resíduos sólidos em praias, no mar, em rios e lagos;
– Lançamento de resíduos in natura a céu aberto;
– A queima de lixo a céu aberto ou em instalações e equipamentos não licenciados para essa finalidade.
O infrator que desrespeitar a lei cometerá crime federal, que prevê pena máxima de cinco anos de reclusão e multa, de acordo com as sanções previstas para crimes ambientais relacionados à poluição. A pena, no entanto, não se aplica no caso do lixo doméstico.

Para entender melhor

RESÍDUOS SOLIDOS – no nosso caso são todos aparelhos da vida moderna, basicamente os acionados por energia elétrica, pilhas e baterias.

Quase 10% do que sai da indústria retorna a ela pelos seguintes motivos:

A-      Os varejistas compram alem do que seu giro de mercadorias comporta e o produto fica obsoleto pelo rápido lançamento de novos modelos, inclusive da mesma indústria sendo feita a devolução ao fabricante.

B-       Devolução de consumidores insatisfeitos, captura de equipamentos por não pagamento, sobras das assistências técnicas por impossibilidade de conserto, falta de peças de reposição ainda dentro do prazo de validade. Este procedimento de transito ocorre somente entre fabricante e lojistas e assistência técnica autorizada.

Esta ação era corriqueira no relacionamento entre estes agentes os fabricantes e lojistas, mas o destino dos aparelhos não era monitorado até então, e a empresa fazia o qeu melhor lhe conviesse.

Porem agora o que será feito deste material que retornara para os fabricantes? De acordo com a nova Lei deverá ter o maior percentual possível de material reciclado. Pois também será uma questão de Marketing ambiental. Veja a opinião de grandes empresas sobre o assunto reciclagem (manufatura Reversa) e Marketing. Visite:

http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI21974-16380,00-SUA+EMPRESA+E+VERDE.html

http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI21972-16380,00-FUTURO+UMA+REVOLUCAO+ECOINOVADORA.html

http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI21966-16380-1,00-POR+UM+MUNDO+SUSTENTAVEL.html

O que era feito dos outros 90% de aparelhos eletrônicos restantes após seu uso ou inoperância pelos consumidores?

Manufatura reversa ainda é novidade no Brasil30/04/2010 – 08h59 Redação BAND NEWSTransformar produtos prontos que vão virar lixo em matéria-prima é comum em alguns países, mas no Brasil ainda é uma novidade. Na manufatura reversa, como é chamado esse processo, os equipamentos são desmontados e componentes como metais e plásticos são separados e vendidos à indústria. Depois disso, esse material é usado na fabricação de novos produtos. O diretor presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tratamento de Resíduos, Diógenes Del Bel, diz que faltam políticas públicas para expandir a prática no país. Ele revela que todos os tipos de equipamentos podem passar pelo processo de manufatura reversa. No entanto, os eletrônicos são mais visados. Segundo o diretor presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tratamento de Resíduos, o Brasil tem entre cinco e dez empresas que fazem a manufatura reversa. Diógenes Del Bel compara a quantidade com a do no Reino Unido, onde mais de 350 companhias realizam o procedimento.

Link:

http://bandnewsfm.band.com.br/conteudo.asp?ID=295936

Eram enviados para o lixo comum. O que acarretou ao longo dos anos passados grandes perdas de matéria prima já processada e mais ainda a contaminação do solo e águas subterrâneas em muitos lugares do planeta. Uma pequena parte tem sido reciclada pelos catadores, sucateiros e cooperativas de reciclagem que coletam e vendem as partes que encontram contendo latão, cobre, chumbo, aço, alumínio e plástico. Isso ocorre eventualmente quando o volume justifica a ação de desmontagem. Mesmo assim as sobras, materiais não aproveitados, acabam indo para o lixo comum. Porem este quadro agora tende a mudar.

Com a nova Lei haverá um grande crescimento da atividade de reciclagem ordenada e profissional.

Os fabricantes e lojistas deverão passar a receber os equipamentos para destinação ambientalmente correta. A muito se vê campanhas como: Troque sua TV velha por uma nova, recebemos a velha no momento da entrega. Operadoras de Celular mantem coletoras para descarte dos aparelhos inoperantes, empresas como a DELL, HP e NOKIA já recebem seus produtos para reciclagem.

Mas quem fará este tratamento, a separação dos materiais? Certamente as empresas não efetivarão esta atividade em suas plantas, pois seria muito caro. Então este será um serviço terceirizado devido a sua abrangência, necessário em todos os municípios do Brasil onde ocorre o descarte destes equipamentos.

Escultura feita com todo o aparato eletrônico que um Inglês adquire durante sua vida 8 toneladas.

Portanto este é um mercado iniciante com geração de trabalho e renda que se apresenta como um novo enfoque de ver o chamado “LIXO” Tecnológico, pois hoje já existem processos para reciclagem de mais de 80% a 94% de tudo que é utilizado nestes equipamentos. A nova Lei dos Resíduos Sólidos premia este seguimento dando-lhe um novo status e um valor adequado dentro da cadeia produtiva.

Esta é a proposta deste manual, possibilitar a aqueles que tenham visão e empreendedorismo possam estar aptos a desenvolver esta atividade na prestação de serviço as indústrias do país (junto a elas ou nos 522 municípios do Brasil), sucateiros, cooperativas de reciclagem, condomínios, escolas, universidades, e usuários, pois todos os seguimentos produtivos de bens, serviços e pessoas necessitarão da Manufatura Reversa para compor seu processo industrial ou mesmo o usuário comum que voluntariamente terá onde entregar seus equipamentos para reciclagem de forma direta.

As Prefeituras na coleta do lixo urbano também recebem centenas de aparelhos no meio do lixo comum diariamente, e necessitarão deste serviço.

Visite: A ABETRE – Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos é a entidade de classe da chamada “Indústria Ambiental”, um setor com características singulares, pouco compreendidas, mas que lhe conferem uma importância estratégica que tem sido pouco explorada para o desenvolvimento sustentável do país. Link:

http://www.abetre.org.br/quem.asp

Algumas Prefeituras no país já receberam um “TAC” Termo de Ajuste de Conduta efetivado pelo Ministério Publico Federal para que as áreas que recebem o lixo urbano, não mais recebam o Lixo Tecnológico. Dando um prazo para que busquem destinação alternativa separando-o da deposição junto ao lixo comum – orgânico – pois seu contato com a umidade desencadeia reações químicas de envenenamento tornando o Chorume muito mais perigoso caso infiltre nos lençóis freáticos ou contamine o solo no entorno do deposito de lixo.

http://www.clrb.com.br/index.php

Estudos desenvolvidos pela Universidade da ONU na China, sobre o que se entendia como tecnologia limpa “não poluidora”, as indústrias de eletroeletrônicos, revelou que não é verdade, pois os materiais utilizados na fabricação quando descartados podem causar danos ao meio ambiente e, por conseguinte ao homem, se não tratados de forma correta para minimizar os impactos devido ao consumo cada vez maior de aparatos eletrônicos no mundo. Em pouco tempo teremos cidades enfermas, grandes depósitos de água subterrânea contaminada e o desperdício de toneladas de matéria prima nobre que poderia ser recuperada, perdida.

Link:

http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2004/03/040308_computersms.shtml

http://www.ecodebate.com.br/2010/02/23/relatorio-da-onu-alerta-que-geracao-de-lixo-eletronico-cresce-a-40-mi-de-toneladas-por-ano/

Publicação da ONU sobre o lixo tecnológico:

http://www.unep.org/PDF/PressReleases/E-Waste_publication_screen_FINALVERSION-sml.pdf

Em pouco tempo prevejo que esta atividade a “Manufatura Reversa” será incluída na grade das Academias, pois sua importância e abrangência necessitarão da formação adequada a seu gerenciamento devido à complexidade dos materiais, as leis aplicáveis e o intercambio internacional de matéria prima gerada.

Link:  http://www.fateczl.edu.br/TCC/2009-2/tcc-256.pdf

O motivo da necessidade futura de uma formação acadêmica? As centenas de milhares de toneladas em matéria prima de uma infinidade de produtos e materiais a serem gerenciados, economia, novos processos de tratamento, a geração de novos produtos recicláveis e a inclusão de milhares de pessoas no mercado de trabalho. Conseqüentemente a movimentação de milhões de reais na cadeia deste processo. Como ainda não é esse o caso vamos levar o máximo de informações ao pleno desenvolvimento da atividade como a temos praticado hoje.

O que isso quer dizer. Que a cada dia mais e mais haverá a necessidade da reciclagem destes materiais para a confecção de novos equipamentos, uma vez que ele tem um período de vida útil finita. Podem queimar ou tornarem-se obsoletos. Ai entra a manufatura reversa para retornar as matérias primas/processadas ao ciclo.  Por quê? O motivo é simples a retirada de matéria prima da natureza é dispendiosa e chegará um momento a exaustão, escassez o que tornará seu preço inviável para a manutenção dos baixos preços hoje praticados no mercado, conseqüentemente a elevação do preço dos produtos prontos. Então reciclar é mais econômico e pensando bem não há outro caminho para a economia mundial.  Este link o levara a um Vídeo que lhe dará a exata visão deste processo finito na natureza: “A História das Coisas” uma aula sobre produção, consumo e reciclagem.

Link:

http://www.unichem.com.br/video.php?id_video=16

Para conhecer todo o processo aqueles que pretendem atuar neste seguimento, entre em contato.

Terei o maior prazer em atender.

Manufatura Reversa Manual Básico.

Publicado por: Fúlvio Stelli | 18 de fevereiro de 2010

Catadores de materiais reciclaveis são educadores ambientais. Faltal-hes o apoio e a iniciativa dos vários seguimentos da sociedade embuidos da vontade de colaborar com a reciclagem como meio de minimizar as mazelas do tratamento inadequado do lixo urbano. Uma proposta de mudança neste paradigma requer um pouco de empenho da parte dos governantes, isentando impostos sobre as atividades de reciclagem e o envolvimento das faculdades em atividades curriculares nos vários seguimentos que podem contribuir com a ideia aqui proposta.

Apresenta Revista

Publicado por: Fúlvio Stelli | 2 de março de 2009

Reciclagem Tecnologica.

Tratamento dos resíduos tecnológicos do descarte de computadores e seus periféricos de forma ambientalmente correta.

Apresentação.

Este documento vem apresentarum novo método de trabalho que consiste na reciclagem dos equipamentos tecnológicos digitais e seus periféricos de forma plenamente executável por meio da “ Manufatura Inversa”sistemaque resultaem geração de emprego e renda tendo como resultado natural a preservação ambiental.

Devido a sua característica inovadora necessita de apoio e parcerias para seu desenvolvimento pleno, no primeiro estagio de implantação, porem é auto-sustentável em pouco tempo.

Mais que uma tendência de mercado, o destino dos equipamentos eletroeletrônicos e digitais de forma final e ambientalmente correta é cobrado como parte da responsabilidade das empresas de forma social e ambiental. A máxima “Do Berço ao Tumulo” ainda é apenas uma proposta que poucas empresas adotaram, mas de fundamental necessidade para o futuro. Em vez de serem encaminhados para os aterros sanitários ou simplesmente abandonados no meio ambiente, estes equipamentos necessitarão ser re-trabalhados, daí a visão de um novo nicho de mercado, a terceirização deste serviço será certamente uma fonte de geração novas tecnologias, empregos e capital num futuro próximo.

Para se dimensionar o tamanho da perspectiva deste mercado, um estudodesenvolvido pela Universidade da ONU na China, gerou o Projeto StEP , que dentre outras diretrizes orienta a que sede maior vida útil aos equipamentos passiveis de utilização e que sejam montados com partes ainda operantes encontradas no desmanche do descarte. Neste nosso projeto promovemos a inclusão digital por meio da venda de computadores a baixo custo, utilizando peças de vários computadores para a montagem de uma nova maquina, atendendo uma necessidadede acesso a inclusão digital pela população de baixa renda.

A proposta deste projeto, que já se encontra em plena atividade, é atender a necessidade de destinação dos rejeitos tecnológicos na cidade de Manaus, em parceria com a Coleta Seletiva da Prefeitura, receber os resíduos das assistências técnica de informática, escolas, faculdades, órgãos públicos e receber o SCRAP Digital industrial. A destinação final ocorre por meio da parceria com empresas recicladoras de Plástico, Metais e Fundição de Metais Preciosos

Atenciosamente.

Fúlvio Stelli

O que é a Reciclagem Digital.

É um processo que decompõe as várias partes dos equipamentos digitais sejam eles computadores, Notebook, Palmtop, impressoras, placas de vários usos em informática, cabos, teclados, roteadores, estabilizadores de energia, Notbreak. Também outros equipamentos tecnológicos digitais como aparelhos celulares, tocador de MP3/4/5, câmeras fotográficas e filmadoras, GPS, computadores de bordo de veículos e outros equipamentos enquadrados nesta mesma categoria tecnológica.

Estes equipamentos são recebidos e separados por tipo, contados e catalogados. Inicia-se o processo conforme o que determina o programa StEP da ONU. Em nosso laboratório os componentes de informática são testados para verificar se ainda tem condições de uso, e separados dos inservíveis.Este processo somente se aplica a classe “Informática”.

Os demais aparelhos como celulares, câmeras etc., entram diretamente na descaracterização, assim como os de informática inservíveis. A descaracterização é a decomposição dos equipamentos em sua totalidade. São desmanchados e separados, Plásticos em seus vários tipos, metais em suas várias formas como: cabos, parafusos, placas, travas, barras, etc., placas de circuito impresso dos vários tipos. Todos estes produtos recebem nova triagem para uma ultima descontaminação (limpeza de impurezas). Agora recebem tratamento por peso, uma vez que se encontram prontas para o envio às empresas recicladoras. Dados são coletados para um registro estatístico. Os componentes de informática passiveis de uso recebem registro para acompanhamento de sua vida útil em sua nova fase pós reciclagem.

O objetivo desta ação é o acompanhamento estatístico da capacidade produtiva de recuperação de equipamentos e a destinação ambientalmente correta, possibilitando a que tenhamos parâmetros de aproveitamento de matéria prima já processada e quantidade de equipamentos recuperados. Esperamos contribuir para mudanças do processo: explorar— produzir—consumir– descartar, para uma nova perspectiva: explorar —produzir — consumir — reutilizar — reaproveitar – reciclar – destinar finalmente de forma correta. Para alcançar maior amplitude desta proposta mantemos um espaço para escolas de Ensino Superior firmar parceria com a TCG da Amazônia no desenvolvimento deestudos na busca de novas alternativas de reaproveitamento destes resíduos.

Como e feito o tratamento e destinação.

Todo o processo é manual, o desmanche obedece a uma sistemática de obtenção do Maximo Aproveitamento, parafusos, arruelas, pequenas molas, teclas, conectores, as menores peças, passam por uma descontaminação, como exemplo os plásticos, são limpos de agregados metálicos, adesivos ou outro tipo de plástico que componha a peça. Todos os itens recebem a mesma atenção e destinação; são identificados por tipo, acondicionados e separados em “Commodity” uma vez que após este processo adquire uma nova característica, matéria prima com destinação ambientalmente correta.

Como exemplo em um componente muito comum em todos os computadores, a “FONTE” não importando o modelo,AT ou ATX, pode encontrar vários tipos de materiais que, recuperados para a reciclagem, apresentam números que nos permitem dimensionar a relevância do desperdício que apenas em uma peça pode ocorrer.

Devido a seu tamanho reduzido e seus componentes não chamarem a atenção, encontramos o seguinte resultado:Dados levantados em 16 de agosto de 2007

Equipamento: Fonte alimentadora de computador AT e ATX

Material

Descrição

Gramas encontradas na peça

Quantidade

peças

Total

Gramas

Total

Kg

Cobre

Fios varias bitolas

50

460

23000

23

Alumínio

Placas e perfis

80

460

36800

36,8

Fios

Outros metais

150

460

69000

69

Total Kg

128,8

O lote acima contendo 460 unidades foi retirado em uma única assistência técnica na cidade de Manaus, as Fontes encontravam-se armazenadas em local aberto, enferrujando e poluindo, pós-tratamento na oficina de desmanche, foi encaminhado para reaproveitamento:

23 quilogramas de Cobre

36,800 quilogramas de Alumínio

69 quilogramas de outros metais

Este demonstrativo exemplifica o quanto esta atividade pode resultar, 128.8 quilogramas de matéria prima encaminhadas para reciclagem. Um novo ciclo de produtos e economia para o meio ambiente. Anualmente são vendidos milhares de computadores no Brasil, nossa proposta é programar ações educativas e empreendedoras para multiplicar este sistema de tratamento de descarte tecnológico em todos os municípios do Brasil em parceria com a iniciativa privada.

Nossa proposta é preencher uma lacuna existente na área de reciclagem, possibilitar a que pessoas de baixa renda possam adquirir computadores a preço muito baixo e multiplicar esta experiência minimizando o desperdício de matéria prima, a contaminação do solo por metais pesados e promover a inclusão digital. Estamos desenvolvendo metodologias e procedimentos para que em pouco tempo possamos sugerir “Políticas Publicas” ao governo com o intuito de colocar os procedimentos por nós desenvolvidos, juntamente aos apreendidos com a parceria que estamos iniciando a formalizar com a ONU por meio do PENUD BR – Projeto StEP, desenvolvido pela Universidade da ONU na China, encabeçado pelo Reitor Dr. Hans Van Ginkel coordenador do projeto.

A Comunidade dos países Europeus já adotou leis para a adequação deste sistema de responsabilidade quanto ao descarte dos equipamentos digitais. As empresas Microsoft, DEL e IBM já adotaram procedimentos para receber seus equipamentos digitais para destinação final. Esperamos que esta iniciativa encontre apoio e eco aqui em Manaus, bem como em todo o Brasil, uma vez que pretendemos replicar o sistema em todas as cidades que já se pratique a Coleta Seletiva.

Na seqüência deste documento acrescentamos dados para entender sobre o problema, compilados de pesquisa efetivada pela Sra.Ângela Cássia Rodrigues – Especialista em Meio ambiente e Sociedade pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Consultora da área de Meio ambiente. Especialista em Meio ambiente e Sociedade (Escola Pós-Graduada de Ciências Sociais- fundação Escola de Sociologia e política de SP). Tecnóloga de Construção Civil (FATEC/UNESP).

Link:http://www.sfiec.org.br/iel/bolsaderesiduos/Artigos/Artigo_Equi_Elet_elet.pdf

Sistemática do trabalho.

Apresentamos a seguir dados sobre a aplicação do sistema implantado pelaReciclagem Digital.

Fluxograma de atividades operacionais.

Imagem 1

Imagem 1

 

01 – CAPTAÇÃO DE MATERIAIS.

Visita, a empresas, comercio, assistência técnica – Telemarketing – Campanhas – Parcerias com Prefeitura * coleta seletiva – catadores e entidades filantrópicas.

02 – AVALIAÇÃO

Visita de avaliação –Negociação – Fechamento.

03 – PROCESSAMENTO

Registro de coleta – Coleta – Descarga– Pesagem – Registro de entrada – Certificação.

04 – SEPARAÇÃO – Distribuição – Encaminhamento > Registro >>Laboratório > Placa > Monitor > HD > Montagem de Kit Inclusão Digital – Destinação.

05 – DESTINAÇÃO FINAL

A – Recicladoras

Plástico-Metais-Informática Inservível

B – Loja *venda de:

Peças – Kits – Lotes – Promoção de Troca – Computadores montados.

C – Inclusão Digital – Doação de computadores para escolas, igrejas, templos e entidades de educação de jovens e adultos.

O objetivo deste orientador é possibilitar a que, ao ser implantado um novo núcleo de tratamento, as várias etapas do processo sejam conhecidas. Muito embora dependendo do fluxo e do Layout do local de aplicação dos trabalhos ocorram mudanças esperamos contribuir para que o pleno desenvolvimento das atividades ocorra de forma rápida, econômica e funcional.

Basicamente este manual pretende atingir às Prefeituras auxiliando-as a agregar à coleta seletiva o material DIGITAL, isto pôr meio de convenio com alguma entidade, como de catadores de recicláveis abrindo uma nova atividade na reciclagem de rejeitos. Cabendo uma Lei Municipal que normatize o descarte destes equipamentos pela indústria, comercio, escolas, faculdades, e população.Lembrando que, pôr ser uma proposta de inclusão social deva-se levar em conta a contratação de pessoas com necessidades especiais.

O Laboratório — Loja

A sustentabilidade do projeto é gerada na venda dos produtos recicláveis e principalmente pela “Loja de Inclusão Digital” que funciona como atrativo e propagador da ação de descarte ambientalmente correto. Elevando a percepção dos usuários de computadores e seus periféricos a estarem participando de um projeto sócio-ambiental que levará de forma muito mais rápida a inclusão de muitos jovens ao mundo digital, formando mão de obra qualificada e com acesso aos equipamentos necessários para tal.

 

 

A seguir o esquema apresenta o fluxo completo da operação no núcleo de tratamento, desde divulgação dos serviços por meio de visitas aos locais onde há equipamentos digitais, a captação do material é agendada ou imediata quando feita por rota de coleta seletiva, catadores ou PEV. Daí o processo é interno e segue um roteiro simples onde é feito o registro estatístico do desenvolvimento das quantidades processadas e destinadas.

O sistema se caracteriza eficaz, quando desde a coleta são seguidos procedimentos cuidadosos no trato dos materiais, pois quando manuseados como simples rejeito as perdas são substanciais. Portanto, as diretrizes adotadas são as seguintes: a coleta é efetuada em veiculo com carroceria BAÚ, os materiais são acondicionados conforme a necessidade em, BIGBAG, caixas plásticas ou de papelão (material solto) como placas, peças e componentes, já gabinetes, monitores, impressoras e aparelhos montados ou parcialmente desmontados são acondicionados de forma a não serem danificados. No processo de descarga, inicia-se o programa interno, buscando-se separar os materiais em lotes por tipo numa primeira etapa da separação. Terminada a descarga, procede-se a separação dos materiais de forma criteriosa e seu registro quantitativo. Placas, componentes, gabinetes que contenham placa mãe e outros componentes, Notbreak, estabilizadores em fim peças que irão para o laboratório para análise. Os outros materiais resultantes da separação, como gabinetes danificados, material parcialmente desmontado, notbreak desmontadas, caixas de som, roteadores, Switt, Driver de Disket, CD, DVD restos de placas danificadas ou quebradas, etc., são colocados em lote e preparados para a descaracterização. Desta maneira o trabalho de decomposição por tipo, torna muito mais fácil o acondicionamento nos “Commodities” dos materiais resultantes como matéria prima para reciclagem.

fluxo1

O Trabalho de DESCARACTERIZAÇÃO.

Layout da área de trabalho da bancada de desmanche.

manufatura

De acordo com o Layout acima, adotamos o seguinte procedimento:

A descaracterização e desmontagem dos equipamentos digitais seguem um padrão cujo objetivo é maximizar o aproveitamento de todos os recursos empregados. As ferramentas para aquela tarefasão ofertadas para a equipe de forma a que todos possam desmontar cada peça inteiramente, tornando eficiente sua ação. A objetividade para o esgotamento do montante daquele tipo de equipamento, que compõe o lote, é conseguida pela ação do alimentador que não só abastece a bancada com o que será desmontado, como também recolhe e acondiciona os vários tipos de materiais em seus respectivos recipientes. Observando neste momento se ainda há necessidade de correção de falha no processo de descontaminação, como a existência de impurezas que contaminem aquela matéria-prima. Observe-se que para cada tipo de material há uma determinação para que se enquadre como material reciclável é necessário que esteja em conformidade com as condições determinadas pelo RECICLADOR FINAL do produto. Por exemplo, podemos citar o plástico que deve estar isento de adesivos, componentes metálicos e estar separado por tipo, PS, PP, ABS, PVC Flexível, etc. Em um teclado encontramos até 3 tipos de plástico diferentes, e estando separados por tipo obtemos um preço melhor, o mesmo ocorre com outros materiais.

A Comercialização.

As empresas de reciclagem dos vários tipos de materiais preferem obter material em grande quantidade. Principalmente já limpo e classificado. Portanto busca-se com o sistema acima citado, esgotar rapidamenteo grande volume que os componentes ocupam quando de sua chegada ao local da oficina, liberando-se espaço na área de armazenagem para o recebimento de mais lotes. Uma vez que os materiais resultantes da separação estejam devidamente acondicionados em Caixas identificadas ou Bigbag, pode-se fazer a venda rapidamente,facilitando sua pesagem e identificação de conteúdo. Quando os compradores encontram os materiais descontaminados e classificados há melhoria de preço, podendo ocorrer leilão para aquisição do material quando houver compradores em quantidade.

Este setor é gerado a partir do laboratório, que tem as seguintes importantes funções:

1— Verificar todo o material recebido, buscando detectar as placas e componentes de informática em bom estado de uso.

2— Aproveitar estes materiais para a montagem de novos equipamentos para venda a população de baixa renda, manter estoque de reposição de peças para computadores possibilitando a que pessoas ou técnicos possam fazer a manutenção de maquinas a baixio custo. Colaborando com o Projeto StEP da ONU. *dar maior vida aos computadores retardando seu descarte.

3— Abastecer a Loja com equipamentos em condições de uso pleno pôr um tempo suficiente para a inclusão digital de novos usuários de informática.

*Ressaltamos que: após a inclusão digital, estaremos gerando mais um usuário deinformática e sua inclusão no mercado de trabalho. Obviamente sua evolução social possibilitará a que venha a adquirir em futuro próximo equipamento mais atualizado e com maiores recursos. Dando continuidade a geração de novos descartes.

Com um olhar ampliado verificamos que alem dos rejeitos de informática já mencionados há a expansão do mercado de placas de informática gerada pêlos novos equipamentos tecnológicos como: automação automobilística, no controle de equipamentos de gerenciamento residencial, celulares, automação aérea e equipamentos de lazer digitais como Ipod, DVD portátil, Telas de LCD e OILED, etc.

O sistema que propomos absorve todas estas possibilidades. Há um novo caminho a ser percorrido na reciclagem digital.

Para entender o problema.

Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos

Ângela Cássia Rodrigues

Entre os resíduos sólidos urbanos produzidos há um tipo específico, que merece nossa atenção, os resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos ao fim de seu ciclo de vida , também denominados resíduos tecnológicos.

O que seriam os equipamentos elétricos e eletrônicos? Televisores, rádios, telefones celulares, eletrodomésticos portáteis, todos equipamentos de microinformática, vídeos, filmadoras, ferramentas elétricas, DVD’S, lâmpadas fluorescentes, brinquedos eletrônicos e milhares de outros produtos concebidos para facilitar a vida moderna e que atualmente são praticamente descartáveis uma vez que ficam tecnologicamente ultrapassados em prazos de tempo cada vez mais curtos ou então devido à inviabilidade econômica de conserto, em comparação com aparelhos novos. Aos produtores interessa vender cada vez mais, seja através do atrativo de novas funções ou design moderno, seja através da flagrante redução do ciclo de vida desses produtos. O conserto dos mesmos também é dificultado através da não disponibilização pela indústria, de peças de reposição ou então quando são disponibilizadas, seu custo é incompatível com a viabilidade econômica do reparo.

Não temos idéia do número de aparelhos obsoletos ou danificados, estocados nas residências, aguardando uma oportunidade de descarte adequada. Fica-se no dilema: será que um dia será possível o seu conserto, ou então: aonde devo jogar isto – no lixo comum? Um artigo publicado no dia 08/03/2004 no site da BBCBrasil.com, traz informações sobre uma pesquisa realizada por um grupo ligado à ONU, que defende o aumento dos esforços para evitar os danos ambientais causados por computadores e seus acessórios: “Para a fabricação de cada microcomputador, são necessários dez vezes o seu peso em produtos químicos e combustíveis fósseis, afirma o estudo preparado pela Universidade da ONU.

A curta vida útil dos equipamentos de informática resulta em montanhas de resíduos. Esses resíduos são reciclados ou despejados em grandes depósitos de lixo nos países em desenvolvimento, trazendo risco à saúde das populações que vivem nas proximidades, segundo a pesquisa.” (Tim Hirsch, BBCBRASIL.com, 08/03/2004) Segundo Relatório de Estudos apresentados ao Parlamento Europeu , em 1998 foram produzidos nos países da União Européia cerca de 6 milhões de toneladas de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos (4% do fluxo de resíduos urbanos) e prevê-se que o volume aumentará pelo menos 3 a 5% ao ano. Isto significa que, dentro de cinco anos, serão produzidos de 16 a 28% de REEE e que este valor duplicará em 12 anos.

Riscos envolvidos

Os REEE (REsíduos de EletroEletrônicos) contêm, em sua maioria, substâncias perigosas e o não aproveitamento de seus resíduos, representa também um desperdício de recursos naturais não renováveis. Sua disposição no solo em aterros ou lixões, assim como os pneumáticos, as pilhas e baterias e as lâmpadas fluorescentes, são igualmente prejudiciais à segurança e saúde do meio ambiente.

O processo de reciclagem desses produtos é complexo e requer a utilização de tecnologias avançadas, devido a diversidade de materiais de sua composição e à periculosidade das substâncias tóxicas.

Os produtos elétricos e eletrônicos, em geral possuem vários módulos básicos. Os módulos básicos comuns a esses produtos são conjuntos/placas de circuitos impressos, cabos, cordões e fios, plásticos antichama, comutadores e disjuntores de mercúrio, equipamentos de visualização, como telas de tubos catódicos e telas de cristais líquidos, pilhas e acumuladores, meios de armazenamento de dados, dispositivos luminosos, condensadores, resistências e relês, sensores e conectores.

As substâncias mais problemáticas do ponto de vista ambiental presentes nestes componentes são os metais pesados, como o mercúrio, chumbo, cádmio e cromo, gases de efeito estufa, as substâncias halogenadas, como os clorofluorocarbonetos (CFC), bifenilas policloradas (PCBs), cloreto de polivinila (PVC). E retardadores de chama bromados, bem como o amianto e o arsênio 8 (in Waste from electrical and electronic products – a survey of the contents of materials and hazardous substances in electric and electronic products – 1995 Conselho Nórdico de Ministros.)

De acordo com WWI-Worldwatch Institute / UMA-Universidade Livre da Mata Atlântica (2001), as indústrias de alta tecnologia, como as de computadores e eletrônica, também se globalizaram nos anos recentes. A despeito de sua reputação inicial relativamente “limpa”, essas indústrias representam hoje um custo extremamente pesado para o meio ambiente. O setor de semicondutores utiliza centenas de produtos químicos, inclusive arsênico, benzeno e cromo, todos reconhecidamente cancerígenos. Mais da metade de todo o setor de manufatura e montagem de computadores – processos intensivos no uso de ácidos, solventes e gases tóxicos – está hoje localizada em países em desenvolvimento, conforme a Coalizão de Tóxicos do Vale do Silício, sediada em San José, na Califórnia.(A Globalização Pressiona a saúde do Planeta http://www.wwiuma.org.br)

Apresentamos abaixo informações sobre algumas das substâncias que podem ser encontradas nos Equipamentos eletroeletrônicos e seus prejuízos à saúde. (informações extraídas do Relatório de Estudos de apresentação das propostas das Diretivas 2002/96/CE e 2002/95/CE pela Comissão das Comunidades Européias em 13/06/2000 ao Parlamento Europeu).

Substancia Utilizada em Prejuízos aos Seres Vivos

CHUMBO Soldagem de placas de circuitos impressos, o vidro dos tubos de raios catódicos, a solda e o vidro das lâmpadas elétricas e fluorescentes. Danos nos sistemas nervosos central e periférico dos seres humanos. Foram também observados efeitos no sistema endócrino. Além disso, o chumbo pode ter efeitos negativos no sistema circulatório e nos rins.

MERCÚRIO Termostatos, sensores, relês e interruptores (por exemplo, em placas de circuitos impressos e em equipamento de medição e lâmpadas de descarga) equipamentos médicos, transmissão de dados, telecomunicações e telefones celulares. Só na União Européia são utilizadas 300 toneladas de mercúrio em sensores de presença. Estima-se que 22% do mercúrio consumido anualmente seja utilizado em equipamentos elétricos e eletrônicos. O mercúrio inorgânico disperso na água é transformado em metilmercúrio nos sedimentos depositados no fundo. O metilmercúrio acumula-se facilmente nos organismos vivos e concentra-se através da cadeia alimentar pela via dos peixes. O metilmercúrio provoca efeitos crônicos e causa danos no cérebro.

CÁDMIO Em placas de circuitos impressos, o cádmio está presente em determinados componentes, como resistências de chips SMD, semicondutores e detectores de infravermelhos. Os tubos de raios catódicos mais antigos contêm cádmio. Além disso, o cádmio tem sido utilizado como estabilizador em PVC. Os compostos de cádmio são classificados como tóxicos e com risco de efeitos irreversíveis à saúde humana. O cádmio e os compostos de cádmio acumulam-se no corpo humano, especialmente nos rins, podendo vir a deteriorá-los, com o tempo. O cádmio é absorvido por meio da respiração, mas também pode ser ingerido nos alimentos. Em caso de exposição prolongada, o cloreto de cádmio pode causar câncer e apresenta um risco de efeitos cumulativos no ambiente devido à sua toxicidade aguda e crônica.

PBB e PBDE retardadores de chama bromados – PBB e os éteres difenílicos polibromados – PBDE) Regularmente incorporados em produtos eletrônicos, como forma de assegurar uma proteção contra a inflamabilidade, o que constitui a principal utilização destas substâncias. A sua utilização faz-se sobretudo em quatro aplicações: placas de circuitos impressos, componentes como conectores, coberturas de plástico e cabos. Os 5-BDE, 8-BDE e 10-BDE são principalmente usados nas placas de circuitos impressos, nas coberturas de plástico dos televisores, componentes (como os conectores) e nos eletrodomésticos de cozinha. Sua liberação para o ambiente se dá no processo de reciclagem dos plásticos componentes dos equipamentos. São desreguladores endócrinos. Uma vez libertados no ambiente, os PBB podem atingir a cadeia alimentar, onde se concentram. Foram detectados PBB em peixes de várias regiões. A ingestão de peixe é um meio de transferência de PBB para os mamíferos e as aves. Não foi registrada qualquer assimilação nem degradação dos PBB pelas plantas.

Verificam-se efeitos ambientais negativos durante a deposição destes resíduos em aterro. Verifica-se potencialmente a lixiviação dos poluentes supramencionados eliminados com os resíduos urbanos em condições de entrada de água da chuva, bem como de vários processos químicos e físicos. Seria possível minimizar os impactos significativos se os REEE fossem depositados em aterros controlados que respeitassem normas técnicas ambientalmente corretas. A coleta e o tratamento de lixiviados de aterros controlados que respeitam normas técnicas corretas do ponto de vista ambiental, não eliminam completamente a exposição a esta substância nem resolvem todos os problemas. Os aterros mais aperfeiçoados dispõem de sistemas de coleta de lixiviados e de selagem de fundo. Nestes casos, os lixiviados são recolhidos e enviados para instalações de tratamento no local ou para instalações de tratamento de esgotos urbanos. No pior dos casos, os metais pesados poderão perturbar o processo de depuração, mas, de qualquer modo, esses metais acabarão principalmente nas lamas de depuração e em quantidades pequenas, mas incontroláveis, nas águas de superfície. Os impactos ambientais são consideravelmente maiores quando os REEE são depositados em aterros não controlados, pois os lixiviados contaminados penetram diretamente no solo e nas águas subterrâneas e superficiais. Os lixiviados contendo os poluentes supramencionados provenientes de aterros não controlados poderão futuramente, contaminar as águas a um nível tal que a sua utilização como água potável seja impossível. Políticas adotadas pela União Européia De acordo com o resultado da pesquisa de experiências de outros países na área de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos, verifica-se a existência de algumas iniciativas visando a gestão adequada desses resíduos, que merecem ser analisadas.

A Comunidade Européia, em função de reflexos negativos, decorrentes do manuseio, reciclagem e disposição de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos, aprovou recentemente duas Diretivas relacionadas ao problema: a Diretiva 2002/96/CE, que estabelece regras disciplinando a gestão adequada desses resíduos, tendo como princípio a responsabilização do poluidor pagador, e a Diretiva 2002/95/CE, relativa à restrição do uso de determinadas substâncias perigosas nos equipamentos elétricos e eletrônicos.A Diretiva 2002/96/CE, prevê a responsabilidade pós-consumo do produtor como forma de incentivar a concepção e produção dos EEE, que contemplem plenamente e facilitem o seu conserto, eventual atualização, reutilização, desmontagem e reciclagem.

Situação no Brasil

No Brasil, país de dimensões continentais, a realidade de geração e impacto desses resíduos não é conhecida; sequer temos uma Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Portanto, é urgente estabelecer-se um debate com a participação ativa de toda a sociedade e, de forma especial, de legisladores e pesquisadores, os quais precisam assumir a responsabilidade de dar o devido encaminhamento ao problema, norteado pelos princípios do desenvolvimento sustentável.

Neste momento são necessários estudos e pesquisas a fim de se diagnosticar a situação

 

Categorias